Prefeito está preocupado com possíveis confrontos e pediu paz aos participantes
O prefeito Marquinhos Trad (PSD) disse que não participa das manifestações em 7 de setembro por conta da politização do tema. Ele, que já participou das Diretas Já, e de movimentos evangélicos como o Marcha para Jesus, vai ficar em casa após a elaboração de um reforçado plano de segurança para Campo Grande.
“Politizaram a questão. Eu não vou comparecer. Estarei em casa orando e cuidando de toda a segurança da nossa cidade. Se fossem manifestações sem os contornos que a gente começa a enxergar, eu estaria também exercendo meu direito sagrado de manifestar”, disse o prefeito Marquinhos após coletiva de imprensa na Esplanada Ferroviária.
Questionado se os manifestos fortalecem a democracia, o gestor afirmou que somente na data posterior ao evento é que isso poderá ser analisado. “Nós vamos ver no dia seguinte. Qual vai ser o exemplo que o cidadão brasileiro quer? Se quer de fato a harmonia, a segurança do país ou se eles querem o conflito e a discórdia.”
Marquinhos afirmou que está sendo exigida dos organizadores a solicitação prévia da manifestação ou do ato a ser realizado para organizar os itinerários em períodos diferentes, como visa a Constituição Federal. “Estamos orientando e até agora não vimos nenhum espírito maldoso daqueles que solicitam. Todavia, às vezes isso não é o suficiente. Por exemplo, o diretor de uma torcida organizada fala para eles não agredirem. Mas você vai num Fla x Flu e acaba tendo confusão dentro ou fora do estádio. Então, existe essa orientação. Até então, glória a Deus está tudo na paz. A gente quer que eles se manifestem não há problema nisso, ou pra A, B, ou C, mas façam em horários diferentes.”
Trad destacou que em eventos de nível nacional há algumas semanas foram vistas diversas depredações de patrimônio público e para evitar isso em Campo Grande a segurança será intensa nesses locais.
Sobre a estimativa de público aos protestos, o gestor diz que sempre há uma previsão, mas que até o clima na data influencia. “Pode ganhar força, pode diminuir e depende muito de clima das mobilizações. O certo é que independentemente da quantidade, nós vamos ter qualidade de segurança para aqueles que estão indo. Peço a eles que não vão com ânimos exaltados. É um direito, mas é um dever zelar pelo patrimônio público, e pela integridade do próximo. A gente tem de se respeitar e não se agredir. Esse é o consenso e harmonia.”
Marquinhos afirma que todos têm direito ao livre manifesto, mas que se deve dar um bom exemplo. “Aqueles que estiverem de verde, amarelo, vermelho, azul e seja qual for a cor. Eu acredito que Campo Grande, vai estar vestida de branco e de paz. É isso que a gestão suplica a Deus para que aconteça no dia 7 de setembro.” (Texto de Andrea Cruz)