O depoimento do candidato a governo de Mato Grosso do Sul, Marquinhos Trad (PSD), intimado no início da semana a prestar depoimento na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), nesta quarta-feira (21), foi adiado.
Na porta da delegacia, a Delegada da Deam, Rafaela Lobato falou pouco sobre o caso. “Todos os inquéritos que estão acontecendo neste momento estão em segredo de justiça, porém está em andamento e estamos averiguando todas as informações para que no final possamos passar a informação verídica para a sociedade.”
Também nesta tarde, um grupo de mulheres mobilizadas pelo WhatsApp foram até a delegacia também para cobrar celeridade da justiça, esperando que Marquinhos fosse prestar depoimento.
A frente do movimento, a professora aposentada Rose Rocha, disse que a ideia é manifestar contra a morosidade deste caso. “Parece que ele nunca vão resolver esse caso. Estamos próximos das eleições e a gente não está vendo nada de concreto. E nós estamos aqui pra cobrar celeridade nas investigações para uma uma conclusão, se possível, antes das eleições.”
Já uma outra manifestadora, Cleonice Costa Silva, disse que o movimento não é brincadeira. “O nosso propósito aqui é sério. O movimento surgiu devido ao alto índice e nosso Estado em casos de feminicídio, além de ser o terceiro estado de casos de violência contra as mulheres. Portanto, nós resolvemos formar o grupo do grito por justiça contra a violência contra as mulheres.”
“Nós estamos indignadas, revoltadas porque amigas nossas estão sendo mortas. Mulheres sem defesa. Sabe? Acho assim que eu estou chocada com atitude da população campo grande e também sul-mato-grossense por não reagirem e não cobrarem”, diz Cleonice.
“Cobramos justiça para todos os casos, não só do marquinhos. Trate de todos, todos os assassinos, os estupradores, os abusadores, por isso que nós estamos aqui. E não vamos parar, vamos continuar com o nosso grito e vamos conseguir o nosso objetivo”, completa.
Com informações do repórter Willian Leite