Mais vendida em MS, Honda BIZ inverte lógica na escalada por veículos melhores

Veículos
Foto: Alvaro Rezende

[Por Julisandy Ferreira, Jornal O Estado de MS]

Em tempos modernos, população abandona carro e prioriza praticidade proporcionada por veículo

Em Mato Grosso do Sul, ao que tudo indica, a Honda Biz 125 tem trazido uma diferenciação não só no número de vendas, como também revela um comportamento curioso por parte da população quando o assunto é adquirir um veículo. De acordo com os dados disponibilizados pelo Detran (Departamento Estadual de Trânsito), o veículo mais utilizado em Mato Grosso do Sul é o Honda Biz 125, que representa na atualidade, 1,91% de 100% dos veículos que transitam no Estado e somam 35.244 em todo o MS.

Ainda de acordo com o levantamento, 54,23% desses veículos são movidos a álcool e 45,76% são flex, ou seja, movidos a gasolina e álcool. As cores mais vendidas são, em 1º lugar, pretas, com 14.016, o que representa 39,77% do todo, em 2º vermelha, com 9.961 veículos, que representa 28,26% e prata em 3º,, com 4.155 e 11,79%.

O Instrutor de pilotagem da Honda Caiobá de Campo Grande, Uriá Soares, explica que não só toda a praticidade da moto e também seus valores atrativos, o que tem se percebido ao acompanhar o mercado de veículos, é que hoje a prioridade do público é a praticidade. “Ela quer sair de casa na hora que quer e o que a gente vem notando no Brasil, é que antes você tinha aquele step up – que na tradução do inglês, significa ”passo acima”. Você começa na CG, para ir para a Twister e depois uma 500 cilindradas, até chegar no carro, ou então, já saia da CG para o carro, porque era uma escada. Agora você vê as pessoas descendo essa escada”, argumenta o profissional a partir de sua observação.

De acordo com dados da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), a Honda Biz 125 hoje é a segunda motocicleta mais vendida do Brasil, ficando atrás somente da Honda CG. Em 2023 ela emplacou em torno de 47 mil motocicletas durante o ano inteiro. Em 2024, no ranking de modelos mais vendidos e emplacados em 2024, com um recorte feito para MS, é percebido que a Honda Biz segue em primeiro com 3234 veículos até maio de 2024.

Na Capital, o valor do veículo varia entre 15 mil, a Biz 110 e R$18.500, o modelo 125. Você tem dois modelos de Biz, o modelo de entrada é aproximadamente 15 mil reais, isso em valores de tabela e esse modelo é a 110, que tem roda raiada, freio a tambor nas duas rodas, ou seja, aquele freio combinado, que é uma evolução e tem injeção eletrônica e gasolina.

Ainda de acordo com o Instrutor de pilotagem da Honda Caiobá de Campo Grande, Uriá Soares, hoje 70% das motocicletas que transitam em Campo Grande são da marca Honda. “A cada 10 motos que estão na rua, sete são Honda. A Yamaha tem uma participação bem pesada e vem crescendo legal no mercado e vem fazendo um trabalho muito bom. Ela está com 18% do mercado, agora essas informações podem ser um pouco prejudicadas, porque a Shineray, que está em 3º lugar, que vende bem e tem um produto bom, mas mais da metade dos produtos dela que rodam em MS não estão emplacados”, pontua.

Conforme explica Soares, a pandemia foi um dos causadores para o número de motos aumentem também. Afinal, o público se viu pressionado pelo distanciamento e o transporte público não propicia uma situação confortável dentro desta lógica. “Depois da pandemia muita gente tem andado de ônibus, porque você fica enclausurado em um lugar. Hoje tem condições de financiamento e consórcios muito baratos. A Biz é uma forma da pessoa adquirir a liberdade dela, porque para depender de Uber, táxi e para de depender de tudo, porque ela tem o veículo dela ali e roda tranquila”, explicou.

A diarista, Ieda Ribeiro Marques, explica que optou pela Honda Biz por ser um veículo mais fácil de pilotar e mais seguro em sua percepção. Comprada de segunda mão, Marques pagou um valor de R$ 6.500 no veículo, valor que ela considerou justo por ser uma moto usada. Manter uma Biz é mais econômico do que manter algum outro tipo de moto para ela.

“Eu abasteço R$ 20 e ando quase duas semanas. Eu vou de manhã para o serviço, porque são vários os lugares em que trabalho, aí ela fica parada o dia todo e eu só pego a hora que eu saio para ir embora”, explica Marques, que abastece somente com gasolina e argumenta que embora seja mais rápido para se locomover, é preciso ter cuidado.

Acesse as redes sociais do O Estado Online no Facebook Instagram.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *