Pnad Conínua mostra mudanças nos arranjos familiares e aumento da população preta e parda em Mato Grosso do Sul
Mato Grosso do Sul está mudando a forma de viver em casa. Dados divulgados pelo IBGE mostram que o número de pessoas morando sozinhas cresceu quase 29% nos últimos 12 anos. Hoje, 18,3% dos domicílios do estado têm apenas um morador.
Esse movimento acompanha outra transformação: o envelhecimento da população. Em 2012, os idosos representavam 7% dos sul-mato-grossenses. Agora, chegam a 8,9%. A queda está entre os mais jovens: menos da metade da população (45,2%) tem menos de 30 anos, contra 52,2% no início da série.
A pesquisa também revela diferenças entre homens e mulheres que vivem sozinhos. Um terço dos que moram em domicílios unipessoais são homens de 30 a 59 anos. Entre as mulheres, a maioria é de idosas, o que reflete a maior longevidade delas em relação aos homens.
Outro dado que chama atenção é a composição racial do estado. Pela primeira vez, pretos e pardos somam a maioria histórica: 59% da população. Em 2012, esse percentual era de 50,9%.
O estudo levantou ainda características das moradias. No Estado, quase 70% das casas têm telhado de telhas sem laje, e mais de 90% contam com piso de cerâmica. No quesito bens, praticamente todas as famílias têm geladeira, e oito em cada dez já possuem máquina de lavar — um salto em relação a 2016, quando eram seis em cada dez.
Mato Grosso do Sul também aparece entre os estados com maior número de lares com carro e moto: 21% possuem os dois veículos. Para os pesquisadores, isso reflete um aumento de renda e busca por conforto.
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