Manifestantes se reuniram em frente a Câmara Municipal de Campo Grande, na manhã desta sexta-feira (16), para reivindicarem aos vereadores um centro de acolhimento, triagem, adoção e castração dos animais abandonados na Capital.
Liderando o protesto, Lígida dos Santos diz que está praticamente implorando por melhorias na causa animal pela cidade. ” Até ano passado estávamos com estávamos com dificuldades,mas este ano entramos em colapso. Não temos mais espaços para colocarmos um animal. São nove ONG’s (Organizações Não Governamentais) na Capital, e todas estão lotadas.
”O recurso para um novo centro de recolhimento dos animais foi aprovado na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentária) de 2021. Mas a subsecretaria que conduz a situação, hoje com o orçamento de 60 mil por mês, não está resolvendo os reais problemas. A pasta vem apresentando apenas programas paliativos. Se você está doente, você espera por um programa paliativo ou com algo que realmente vai resolver?” reclama.
Por fim, a protestante conta que recepcionou a última ninhada, que nasceu numa mecanica, na própria casa. Segunda ela, há 17 animais abandonados dentro da sua residência. ”Isso não é adequado, mas não tem mais o que fazer.” Acesse também: Polícia Civil cumpre ‘dia D’ de operação contra violência em crianças e adolescentes
Dezembro verde
Em reunião da ALEMS (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) em 2020, o deputado Lucas de Lima (Solidariedade) fez um alerta para o aumento do abandono durante a pandemia do coronavírus. Ele é autor da Campanha Dezembro Verde, criada pela Lei 5.392, de 9 de setembro de 2019, que tem como objetivo discutir uma educação ambiental voltada para conscientização das pessoas sobre o abandono de animais.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que só no Brasil existam mais de 30 milhões de animais abandonados, entre 10 milhões de gatos e 20 milhões de cães.
(Com informações do repórter Itamar Buzzatta)