Mesmo chegando antes da abertura dos portões, público precisou enfrentar espera superior aos 40 minutos
Com o horário unificado em todo o país, a votação em Mato Grosso do Sul neste ano começou às 7h e terminou às 16h. Na manhã de domingo(2), o jornal O Estado passou pelos maiores colégios eleitorais de Campo Grande. Nesse domingo de eleições, muita gente acordou cedo para exercer sua cidadania e chegou ao local de votação antes mesmo de as seções estarem abertas, contudo, ainda assim, não conseguiram se livrar das filas registradas.
Segundo eleitores de algumas seções, eles relataram que chegaram minutos antes da abertura dos portões para votação, mas reclamaram de que depois da abertura ainda ficaram aguardando por mais 30 ou 40 minutos na fila até que conseguissem entrar para suas respectivas seções.
Regina Lisboa dos Santos, 53 anos, vendedora, que estava na Escola Municipal Dr. Plínio Barbosa Martins, disse aproveitar a folga do trabalho para ir mais cedo votar, mas que quando chegou viu a quantidade de pessoas nas filas dentro da escola e, segundo ela, ficou aguardando 30 minutos na fila para votar.
“Levantei cedinho hoje para ser uma das primeiras, cheguei aqui com a escola aberta já, eram umas 7h20 da manhã e já estava lotado de gente. Esperei uns 30 minutos na fila, lá dentro entrei e votei rapidinho. Só não quis perder de exercer meu direito”, pontuou.
A dona de casa Helida Pereira do Nascimento, 66 anos, que estava na E. M. Professora Arlene Marques Almeida, conta que chegou à escola 15 minutos antes de iniciar o período de votação, às 6h45 da manhã, mas que, logo após entrar na unidade, ainda precisou esperar por cerca de 40 minutos para entrar na sala.
“Levantei cedinho para não pegar fila e já votar, mas cheguei aqui e já tinham algumas pessoas. Depois que abriram ainda ficamos ali dentro uns 40 minutos esperando, começou bem lento, depois disseram que era um problema com o livro de nomes de eleitores da seção, mas depois que começou a entrar gente foi rapidinho, não gastei nem um minuto lá dentro”, finalizou dona Helida.
Lentidão também foi registrada na Escola Estadual Maestro Heitor Villa-Lobos, no Jardim Parati, e na Escola Estadual Elvira Mathias de Oliveira. Durante a reportagem, a equipe constatou o momento em que um eleitor precisou ser socorrido pela equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), na Escola Municipal Professora Maria Lúcia Passarelli.
Problemas com a biometria
No segundo maior colégio eleitoral da Capital, a Escola Municipal Dr. Plínio Barbosa Martins, no Jardim das Macaúbas, onde se concentram mais de 8 mil eleitores, a equipe de reportagem constatou, por volta das 8h40, problema na biometria da Seção 316.
Segundo um eleitor que não quis se identificar, já havia 40 minutos que a tecnologia não estava realizando a leitura, ou seja, desde as 8h. “Tem de ter paciência, mas ninguém faz nada, a fila está só aumentando e tem muitos idosos aguardando”, disse.
Em diferentes escolas, a biometria foi um dos motivos que motivaram a demora durante as votações. Eleitores do maior colégio eleitoral da Capital, localizado na região do Parque do Lageado, a Escola Municipal Padre Tomaz Ghirardelli, que possui aproximadamente 8.492 eleitores, também teve um domingo marcado por filas e demora para aqueles que estiveram no local a fim de registrar os seus votos.
Maria Aparecida Pedrossian
Quem também não deixou de exercer o seu direito a voto foi Maria Aparecida Pedrossian, 88, viúva de Pedro Pedrossian, que esteve na Escola Municipal Arassuay Gomes de Castro, na Vila Manoel da Costa Lima, acompanhada pelo neto e candidato a deputado estadual Pedrossian Neto, que registrou o momento em suas redes sociais dizendo: “Dia tão esperado por todos. Família reunida, acompanhei minha avó Maria Aparecida Pedrossian em sua seção eleitoral”.
Pedro Pedrossian foi governador por três vezes, sendo duas em Mato Grosso do Sul e uma quando ainda era Mato Grosso, e além do neto, diversas outras pessoas da família acompanharam Maria Aparecida à votação.
Cidades do interior do Estado registram primeiro turno de eleições sem intercorrências
Grande parte do interior de Mato Grosso do Sul teve um dia eleitoral tranquilo e sem confusões. Exemplo disso foi o município de Aquidauana, onde eram esperados que mais de 35 mil eleitores comparecessem às urnas no domingo (2), e não se obtiveram intercorrências eleitorais na cidade, mas, de acordo com o site O Pantaneiro, algumas pessoas se atrasaram e não conseguiram votar.
Em Dourados, cidade de um dos candidatos a governo do Estado, Magno Souza, o dia também foi marcado por calmaria nas seções eleitorais. Em Corumbá, cerca de 85 mil eleitores foram até as seções eleitorais para votar ontem (2); entre os eleitores, muitos jovens e idosos compareceram para exercer sua cidadania na escolha dos candidatos. Em contrapartida, de acordo com o “Diário Corumbaense”, foi possível ver nas ruas diversos santinhos espalhados próximo dos locais de votação.
Já na cidade de Três Lagoas, houve substituição de urna, santinhos jogados em zonas eleitorais e até mesmo eleitores filmando a urna durante o voto. As informações são do site RCN, que informou que apesar de a eleição, nesse domingo (2), seguir de forma tranquila, em Três Lagoas, a Justiça Eleitoral registrou algumas ocorrências durante a votação. Um homem, que filmou o momento da votação, afirmou que estava querendo garantir que os votos correspondiam aos candidatos. (CF)
Por Claudemir Candido e Marina Romualdo – Jornal O Estado do MS.
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