Parlamentar diz que as executivas partidárias indicarão nomes para formação da futura chapa
Depois de comandar a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems) por sete vezes ao longo dos 45 anos do Estado, o deputado Londres Machado (PP) admite que pode se candidatar mais uma vez à presidência da Casa. A Mesa Diretora será eleita no dia 2 de fevereiro de 20223, logo após a posse dos 24 parlamentares.
Ele não descarta essa possibilidade, mas afirma, porém, que “a decisão de nomes para compor todos os cargos da chapa é dos partidos; são as executivas partidárias que definem’’, disse, acrescentando que o PP realmente pleiteia aquela cadeira e os entendimentos tiveram início. Descarta, porém, qualquer tipo de disputa interna com seu colega de sigla, Gerson Claro. “A escolha surgirá do consenso, sem conflito’’, salienta.
Londres explica que o PP é um partido que chega em 2023 com representatividade forte: o vice-governador eleito é o atual deputado estadual José Carlos Barbosa, o Barbosinha; para o Senado foi vitoriosa a hoje deputada federal Tereza Cristina (presidente da sigla); reelegeu um deputado federal (Luiz Ovando) e dois deputados estaduais, no caso, ele, e Gerson Claro. Assim, conforme enfatizou, a sigla se respalda nessa força política para apresentar um nome para encabeçar a chapa a ser formada para eleição da Mesa Diretora.
As conversações se intensificam no Legislativo estadual até porque outro cobiçado cargo da Mesa Diretora está em jogo: a primeira-secretaria. Além disso, partidos representados na Casa podem indicar, para a futura chapa, nomes às outras vagas, como primeira, segunda e terceira vice-presidências; segunda e terceira secretarias. ‘’Como são os partidos que apresentarão os nomes para formação da chapa, não haverá, assim, contestação na hora da votação’’, afirmou o decano Londres Machado.
Segundo ele, é normal que haja o diálogo político entre os parlamentares para fortalecimento das pretensões de cada um deles, na fase que antecede a eleição da Mesa . Lembra, porém, que ainda há tempo para os entendimentos não só na Assembleia Legislativa, mas também no próprio Governo do Estado. Ele cita as etapas que precisam ser cumpridas: diplomação dos eleitos e reeleitos no pleito de outubro; o fim da transição administrativa dos Governos; escolha do primeiro escalão da nova gestão estadual e a posse do futuro governador, em janeiro de 2023. “A partir daí ainda teremos, com nossos partidos, um mês para discussão e formação da chapa para a nova Mesa Diretora’’, acrescentou.
Aliados
O parlamentar lembra, porém, que a futura Mesa Diretora deverá ser formada por integrantes da base aliada do governador eleito Eduardo Riedel (PSDB), que tomará posse no dia 1º de janeiro. ‘’Isso não significa que o próximo governador ‘mandará’ na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul.
O Parlamento é uma Casa de debates, de discussão de ideias, sempre vendo os interesses do Estado e, por isso, estará presente e afinada com o Governo para que projetos importantes do Executivo sejam aprovados e, aqueles em andamento, tenham continuidade. Assim será, nesse aspecto. É bom lembrar, porém, que haverá harmonia, mas com independência dos poderes, como estabelece a Constituição”, afirmou.
Partidos e deputados
A partir do próximo ano, estarão representados na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul os seguintes partidos: PSDB (seis parlamentares), MDB (três), PL (três), PT (três), PP (dois), Patriota, PDT, Republicanos, PRTB, PSD, União Brasil e Podemos (um deputado, cada).