Local onde ocorreu acidente com morte, no bairro Guanandi, já é conhecido por tragédias há 7 anos

Acidente
Foto: Nilson Figueiredo

Um cruzamento, no bairro Guanandi 2, onde foi registrado, na noite da última terça-feira (16), um acidente de colisão frontal entre duas motocicletas e que teve uma vítima, já é conhecido dos moradores da região como um local de tragédias, tanto pela alta velocidade dos motoristas que trafegam pelo local, quanto pela falta de sinalização adequada.

O acidente ocorreu no final da noite de terça-feira (16) e, de acordo com populares, o motociclista que trafegava pela rua Jornalista Valdir Lago precisou fazer uma conversão e acabou batendo de frente com outro motociclista, que atravessava a avenida Ezequiel Ferreira Lima.

Morador da região, Silas Souza, 42 anos, estava passando pelo local no momento do acidente e explicou, ao jornal O Estado, que esse cruzamento é, de fato, muito perigoso, pois as pessoas passam em alta velocidade e nem a lombada, que foi instalada próxima ao cruzamento, tem inibido os motoristas.

“Foi muito feio o acidente, eu estava passando e parei para tentar ajudar, aí ficamos esperando o Samu chegar, mas o senhor não resistiu. Aqui é comum acontecer esse tipo de coisa, o pessoal corre demais, essa é uma via que liga muitos bairros”, contou Silas.

Dona Adriana Madureira, 58 anos, mora na esquina do cruzamento há, aproximadamente, 7 anos e explicou que os moradores do bairro já até fizeram um protesto, para que o local recebesse sinalização adequada, para que deixasse de haver acidentes no cruzamento, que fica bem ao lado do Parque Ayrton Sena, muito frequentado por crianças.

“Do tempo que eu moro aqui, eu já perdi as contas de quantos acidentes já aconteceram no cruzamento. Até uma criança de 6 anos de idade já veio a óbito, por atropelamento. Eu posso destacar que mais de 15 acidentes graves já aconteceram aqui e não é por falta de aviso. Já entramos em contato, para pedir um semáforo aqui”, lamenta.

Ela comenta que, há algum tempo, foi instalada uma lombada, que teria o objetivo de reduzir a velocidade, mas o efeito foi contrário, pois os veículos costumam passar “rampando” a lombada e causando mais riscos à população.

Dados

Dados da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) apontam que houve 20 óbitos por acidentes de trânsito, de 1º de janeiro a 16 de maio deste ano, nas ruas e avenidas de Campo Grande. Desses, 11 são motociclistas, 2 ciclistas, 4 pedestres, 1 condutor e 2 passageiros.

Esses dados são com base em vítimas fatais, que vieram a óbito no local do acidente e as que vieram a óbito num período de até 30 dias, em decorrência do acidente, em locais como a Santa Casa e outros hospitais.

Em relação a acidentes, dados da BPMTran (Batalhão da Polícia Militar de Trânsito) apontam mais de quatro mil sinistros ocorridos na Capital, neste ano. Do total, 1.375 com vítimas, sendo que 18 morreram no local do acidente.

Por Camila Farias – Jornal O Estado de Mato Grosso do Sul.

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