Janela partidária: prazo para vereadores mudarem de partido começa nesta quinta

Vereado Papy deve ser o primeiro a trocar de partido assinando ficha no PSDB - Foto: Divulgação
Vereado Papy deve ser o primeiro a trocar de partido assinando ficha no PSDB - Foto: Divulgação

Câmara da Capital terá uma das maiores migrações de vereadores e alguns partidos podem desaparecer

 

Nesta quinta-feira (7), abre oficialmente, a janela partidária no país, período em que vereadoras e vereadores que desejam mudar de partido político poderão fazer a troca de legenda, sem perder o mandato. Este ano, a migração pode ser feita até 5 de abril, data final do prazo de filiação para quem pretende concorrer às Eleições Municipais de 2024.

A janela partidária foi incluída no artigo 22-A da Lei dos Partidos Políticos pela reforma eleitoral de 2015 (Lei nº 13.165/2015) e é considerada uma justa causa para a desfiliação partidária, se feita dentro desse período de 30 dias antes do prazo final para filiação — de 7 de março a 5 de abril neste ano.

Neste ano, mais da metade dos vereadores de Campo Grande (MS), deverá trocar de sigla nesse período. No momento, a expectativa é que o PSDB, já com os vereadores Professor Juari e Claudinho Serra como representantes, se torne o partido com a maior representatividade após as mudanças. Entre os parlamentares que pleiteariam a mudança para o ninho tucano estão: Valdir Gomes (PSD), Silvio Pitu (PSD), Zé da Farmácia (Podemos), Victor Rocha (PP) e William Maksoud (PRD), Pappy (Solidariedade).

Entre os partidos que devem perder mais representatividade na Capital, estão: o PSD (Partido Social Democrático) e o PRD (Partido Renovação Democrática). Com oito vereadores, o PSD corre o risco de ficar com apenas um, Otávio Trad (PSD), o único que confirmou a permanência no partido. Os vereadores: Beto Avelar, Valdir Gomes, Tiago Vargas, Professor Riverton, Silvio Pitu e Junior Coringa já confirmaram que deixarão a legenda. Já Delei Pinheiro ainda não bateu o martelo, mas pensa em sair.

O PRD deve perder William Maksoud, Edu Miranda e Sandro Benites. O partido vai ficar com um vereador, com a chegada de Professor André Luis (Rede). Maksoud deve seguir para o PSDB, Edu Miranda para o MDB e Sandro Benites deve ir para o PL (Partido Liberal) ou para o Avante. Segundo ele, está avaliando com o deputado Lídio Lopes, pois fazem parte do mesmo time.

Tem interesse em migrar para o PP, os vereadores Beto Avelar (PSD), Professor Riverton (PSD) e Tiago Vargas (PSD). “Recebi algumas propostas e estou analisando”, disse o líder da prefeita Beto Avelar sobre o assunto. Mesmo se perder o vereador Victor Rocha, o PP pode terminar com quatro vereadores, número maior que o anterior.

O MDB, que conta com os vereadores Dr. Loester Nunes e Dr. Jamal, pode ganhar um reforço com a entrada de Júnior Coringa (PSD). Edu Miranda (PRD) também pode migrar para o MDB.

O Podemos deve manter os vereadores Clodoilson Pires e Ronilço Guerreiro, perdendo apenas o vereador Zé da Farmácia para o PSDB. Já o PSB que já conta com o presidente da Câmara, Carlos Augusto Borges, como representante vai ganhar a soma de Marcos Tabosa, que deixa o PDT.

O vereador Gilmar da Cruz (Republicanos), que já presidiu o partido em Campo Grande, pode deixar o Republicanos, que ficaria apenas com o vereador Betinho. Em entrevistas recentes, Gilmar afirmou que tem conversado com outros partidos, entre eles: União Brasil, PSDB, PP. Além disso, não descarta diálogo com o PL ou MDB. “Devo tomar a decisão perto do final da janela”, afirmou Gilmar.

As mudanças partidárias visam fortalecer as bases dos vereadores e ampliar as chances de reeleição nas eleições de 2024. O cenário político promete ser dinâmico nos próximos meses, à medida que as negociações e alianças se desenrolam, moldando o panorama eleitoral do município.

 

Por Daniela Lacerda 

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