IPCA fecha em 0,97% na Capital, a 5ª maior inflação do país

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Índice de preços ao consumidor teve majoração no mês passado

Campo Grande registrou a quinta maior inflação oficial entre as capitais pesquisadas no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio. A taxa medida pelo IBGE ficou em 0,97%, ou 0,51ponto percentual acima de  abril (0,46%). No ano, o índice acumula alta de 3,90% e, em 12 meses, de 10,91%, acima dos 9,22% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. No Brasil, o IPCA foi de 0,83% em maio e, no ano, acumula uma alta de 3,22% e, em 12 meses, de 8,06%.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete apresentaram alta em maio. O maior impacto (0,54 p.p.) e a maior variação (3,64%) vieram da habitação, que acelerou em relação a abril (0,13%). A segunda maior contribuição (0,28 p.p.) veio dos transportes, cujos preços subiram 1,29% em maio, após avançarem 0,11% em abril. Na sequência, vieram vestuário (1,28%) e artigos de residência (0,45%). No lado das quedas, alimentação e bebidas (-0,04%) e comunicação (-0,21%) foram os dois únicos recuos. Os demais grupos variaram entre 0,20% (despesas pessoais) e 0,40% (saúde e cuidados pessoais).

A alta do grupo habitação (3,64%) deve-se, principalmente, ao resultado da energia elétrica (10,27%), o maior impacto entre os grupos, com 0,54 p.p. Em maio, passou a vigorar a bandeira tarifária vermelha patamar 1, que acrescenta R$ 4,169 na conta de luz a cada 100 quilowatts-hora consumidos. Vale lembrar que, entre janeiro e abril, estava em vigor a bandeira amarela, cujo acréscimo é menor (R$ 1,343). Além disso, no fim de abril, ocorreram reajustes em diversas regiões de abrangência do índice. Em comparação com outras regiões temos que o reajuste em Campo Grande é o terceiro maior.

Destaca-se ainda, em habitação, a mudança (4,08%) e o gás de botijão (2,93%). Os maiores recuos vieram de condomínio (-0,76%), aluguel residencial (-1,54%) e água sanitária (-2,41%).

O grupo alimentação e bebidas recuou 0,11% em maio perante abril (1,22%). A alimentação no domicílio passou de 1,52% em abril para -0,13% em maio, principalmente por conta das frutas (-13,79%), da cebola (-4,22%) e do feijão (-1,53%). Em contrapartida, as carnes (1,69%) seguem em alta, acumulando 36,66% de variação nos últimos 12 meses.

A alimentação fora do domicílio (0,22%) ficou próximo ao do mês anterior (0,29%). Contribuíram para isso o recuo do lanche (-0,68%). Em contrapartida, refeição (0,58%) apresentou alta no mês.

Galosina fica mais cara

O grupo transportes teve aumento de 1,29%, o 12º aumento seguido depois da queda de maio de 2020. A maior alta entre os subitens se deu na gasolina (2,47%), impactando o índice em 0,021p.p.

O item combustíveis (2,56%) foi influenciado também pelo óleo diesel, que aumentou 4,44% em maio. Os combustíveis tiveram um aumento acumulado de 46,94% em 12 meses e, somente em 2021, já acumulam 23,69%.

A gasolina acumula

47,58% de aumento em 12 meses e 23,59% só em 2020. A maior influência para baixo foi feita pelo subitem passagens aéreas (-25,93%), que impactou o índice em -0,042 p.p. no mês. Em 2020, elas acumulam -44,48%, assim como somam queda de 22,93% em 12 meses.

O grupo dos artigos de residência desacelerou em maio (0,45%) na Capital sul-mato-grossense em comparação com o mês de abril (0,62%), influenciando o índice em 0,02 p.p. para cima. A maior alta foi registrada no subitem televisor (4,07%), que sozinho puxou para cima o índice em 0,022 p.p. O subitem acumula aumento de 32,01% nos últimos 12 meses.

Entre as quedas, ganha destaque o computador pessoal (-4,03%), com impacto de -0,012 p.p. O grupo de vestuário teve aumento de 1,28%, gerando impacto de 0,059 p.p. no índice.

O subitem joia novamente apresentou o maior aumento do grupo (5,44%), bem como o maior impacto (0,023 p.p.) no índice. O subitem acumula aumento de 20,26% nos últimos 12 meses.

A maior contribuição (0,05 p.p.) no grupo saúde e cuidados pessoais (0,40%) veio dos produtos óticos (0,89%). Em seguida, vieram o plano de saúde (0,74%) e os serviços médicos e dentários (0,64%).

Em Campo Grande, após queda em abril (-0,07%), o grupo despesas pessoais teve retomada em maio (0,20%). A variação mensal foi influenciada pelo recuo nos preços dos subitens tratamento de animais em clínica (-2,15%), depilação (-1,73%) e bicicleta (-1,62%). No lado das altas, os destaques foram hospedagem (2,17%) e brinquedos (2,14%).

Em maio, a retomada no grupo educação (0,38%) foi observada após desaceleração no mês anterior (0,26%). Esse resultado é fruto direto dos subitens atividades físicas (3,74%), cursos diversos (1,79%) e artigos de papelaria (1,52%).

O grupo comunicação apresentou variação de 0,21%, em nível nacional, e de -0,21% em Campo Grande. Na Capital, essa queda é fruto direto do resultado obtido pelo subitem aparelho telefônico, que passou de alta de 0,61% em abril para queda de -1,51% em maio. Na contramão, o subitem serviços de streaming apresentou a maior variação positiva (4,82%).

(Texto: Rosana Siqueira)

 

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