A PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) – Contínua investigou os aspectos de acesso à Internet, à televisão e posse de telefone móvel celular para uso pessoal em Mato Grosso do Sul. No Estado, quase todos os domicílios que usam Internet o fazem pelo celular, mas televisão continua a ganhar espaço
Em 2021, dos 947 mil domicílios particulares permanentes de MS, cerca de 873 mil (92,2%) utilizavam a Internet, de acordo com a PNAD Contínua TIC. Dentre os equipamentos pesquisados, o celular continua a ser o mais utilizado para navegar na rede (99,5%).
Na comparação com os anos anteriores, o crescimento do uso do celular para acesso à internet aumentou 0,9 ponto percentual (p.p.) em relação à 2016 (98,6%) e diminuiu 0,2 p.p em relação à 2019 (99,7%).
O que chamou atenção também na pesquisa é que em MS, o percentual de pessoas que tinham telefone móvel para uso pessoal na população de 10 anos ou mais de idade subiu ligeiramente de 2016 (84,6%) para 2021 (88,5%). Em 2021, 89,1% das mulheres e 87,9% dos homens tinham celular para uso pessoal.
No estado, segundo a distribuição percentual, o grupo etário em que a posse de telefone móvel é maior fica na faixa dos 30 a 39 anos (20,8%) e a menor a do grupo de 10 a 13 anos (4,6%). Os idosos
de 60 anos ou mais apresentaram 13,8% de posse de celular dentro do total.
Dos motivos alegados pelos entrevistados para não terem celular de uso pessoal, quatro se destacaram: alto custo do aparelho e/ou dos serviços telefônicos (35,4%), não sabiam usar (20,8%), falta de interesse de ter telefone móvel celular (15,0%) e costumavam usar o telefone móvel celular de outra pessoa (14,6%).
Rendimento médio de domicílios com acesso à internet banda larga diminui em MS
O rendimento médio mensal per capita dos domicílios sul-mato-grossenses em que havia utilização da Internet por banda larga foi de R$ 1.560,00, em 2021. Esse número é 10,8% menor em relação ao encontrado em 2016, quando o rendimento médio mensal dos domicílios com internet banda larga era de R$ 1.749,00; e 11,9% menor na comparação com o valor estimado em 2019 (R$ 1.771,00).
No ranking nacional, Mato Grosso do Sul ocupa a 8ª posição. Ainda em relação ao rendimento médio dos domicílios sul-mato-grossenses em que havia utilização da internet por banda larga, verifica-se que, em 2021, o rendimento médio mensal per capita dos domicílios com banda larga fixa (R$ 1.657,00) era superior ao rendimento dos domicílios que utilizavam a banda larga móvel (R$ 1.599,00).
Aumenta a proporção de domicílios com conversor digital e diminui o acesso de TV por assinatura
Em 2021, dos 951 mil domicílios particulares permanentes de Mato Grosso do Sul, em 94,2% (896 mil) havia televisão, permanecendo praticamente estável quando comparado a 2016 (96,8%). No Brasil, a percentagem é de 95,5% (2021). Os valores do rendimento real médio per capita dos domicílios com televisão em MS é maior que a média nacional (R$ 1.558 e R$ 1.453, respectivamente).
Em MS, de 2016 a 2021 houve aumento acentuado na proporção de domicílios com TV de tela fina (de 51,8% para 83,9%) e retração na taxa de domicílios com TV de tubo (de 35,5% para 12,5%). O rendimento real médio per capita dos domicílios com televisão de tela fina (R$ 1.643) foi muito mais elevado que o daqueles que tinham televisão de tubo (R$ 992).
Aumentou também o número de domicílios com televisão com conversor (integrado ou adaptado) para receber o sinal digital de televisão aberta. No Brasil, em 2016, 71,8% dos domicílios com televisão tinham conversor; em 2021, passaram a ser 90,9%.
Já em Mato Grosso do Sul, a porcentagem saltou de 60,7% (2016) para 90% (2021). A antena parabólica, que é uma antena refletora utilizada para a recepção de sinais de rádio e televisão, teve presença reduzida nos lares sul-mato-grossenses, de 44,5% em 2016 para 32,5% em 2021.
Interessante notar que, de 2016 para 2021, a PNAD Contínua TIC constatou um pequeno aumento na proporção de domicílios onde não havia televisão: de 3.2% para 5,7% dos domicílios do MS.
Microcomputadores e tablets em baixa nos domicílios
Os resultados de 2016 a 2021 mostraram um lento declínio na proporção de domicílios de MS em que havia microcomputador ou tablets. Eles representavam 43,4% do total em 2021, sendo que nos anos anteriores eram 48,8% em 2016, 47,6% em 2017, 44,5%, em 2018 e 44,9% no ano de 2019.
A Unidade da Federação com maior porcentagem de microcomputador ou tablet foi o Distrito Federal (67,1%), seguido por São Paulo (56,1%) e Rio Grande do Sul (52,3%). As três UFs com menor porcentagem nesse quesito foram Alagoas (25,5%), Pará (23,6%) e Maranhão (18,8%). Mato Grosso do Sul mostrou o 8º maior percentual entre as UFs, ficando a média nacional em 42,6%.
Com informações do IBGE