O faturamento da indústria de transformação brasileira registrou um avanço de 5,6% em 2024, o maior crescimento anual desde 2010, segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Apesar de uma leve retração no último mês do ano, o setor se beneficiou da combinação entre baixo desemprego, maior oferta de crédito e aumento dos gastos públicos.
O levantamento, divulgado nesta sexta-feira (7), mostra que a demanda por bens industrializados permaneceu aquecida ao longo do ano, refletindo em maior consumo e investimento. O número de horas trabalhadas na produção aumentou 4,2% em relação a 2023, acompanhando o ritmo acelerado da atividade fabril. Já a utilização da capacidade instalada (UCI) fechou o ano em 78,2%, 0,6 ponto percentual acima da média de 2023.
A expansão da indústria também impactou positivamente o mercado de trabalho. Em 2024, o setor criou 2,2% mais postos de trabalho, elevando a massa salarial em 3%. O rendimento médio dos trabalhadores industriais teve um leve aumento de 0,8% no acumulado do ano.
No entanto, o desempenho da indústria perdeu força no último mês de 2024. O faturamento recuou 1,3% em dezembro, e a UCI caiu 0,8 ponto percentual. Os salários e o rendimento médio dos trabalhadores também registraram queda de 0,5% no período, sinalizando um possível arrefecimento para o início de 2025.
A pesquisa Indicadores Industriais, realizada desde 1992 em parceria com federações estaduais do setor, acompanha mensalmente o desempenho da indústria de transformação. Os dados abrangem estados que representam mais de 90% da produção industrial nacional.
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