Ignorados pela prefeitura, situação dos pontos de ônibus da Capital é precária

Ponto de ônibus
Foto: Valentin Manieri

Consórcio Guaicurus informou que não tem acesso a um cronograma de manutenção

Na Capital são realizadas mais de 125 mil viagens de ônibus por dia, conforme o Consórcio Guaicurus. Entretanto, além de ônibus lotados e longa espera, os usuários do transporte coletivo passam por situações difíceis quando se trata da espera em pontos de ônibus. Ignorados pela prefeitura, a situação de muitos está precária.

O jornal O Estado percorreu a cidade para verificar as condições em que os pontos se encontram e a maioria deles está sem cobertura, sem acessibilidade e rodeada por mato. Além dos que têm cobertura, mas com a estrutura danificada. O gerente-executivo do Consórcio Guaicurus, Robson Strengari, afirmou que manter os locais de espera em bom estado é de inteira obrigação da Prefeitura Municipal de Campo Grande, entretanto a administração pública não apresenta para eles nenhum cronograma de manutenção nos pontos de ônibus. “O que nós sabemos é que foi firmado no ano passado um TAG (Termo de Ajuste de Gestão) da prefeitura com o TCE (Tribunal de Contas do Estado), visando à solução desses problemas, mas depois disso não tivemos mais nenhum posicionamento”, disse Robson Strengari.

Usuários Em uma volta curta pela Rua Extremosa, localizada no bairro Coophatrabalho, foram localizados dois pontos de ônibus completamente tomados pelo mato alto, o que coloca em risco os usuários daquela região. Moradora da região, a dona de casa Suzana Alves, 39 anos, afirmou que o mato alto é resultado de mais de dois anos sem a poda no local. “Pegar ônibus aqui é bem complicado e perigoso, principalmente a noite, quando junta o mato com a escuridão. 

As vezes, algumas pessoas optam por esperar do outro lado da rua ou até um pouco mais distante”, disse. Esse é o caso da estudante Bruna Santana da Costa, que no momento está de férias, mas desembarca nesse ponto todos os dias, pois trabalha durante o dia e estuda à noite. “Dificilmente desço sozinha, porque tem uns colegas que também moram por aqui e saímos juntos, mas quando acontece, minha mãe ou meu pai me esperam por ali, mas acaba sendo perigoso pra eles também”, declarou a jovem de 17 anos.

Em outra região da Capital, no Jardim Colibri, a reportagem encontrou diversos pontos de ônibus que não possuem cobertura. Em um deles, a aposentada Maria dos Santos aguardava um ônibus para seguir para o bairro Pioneiros, após ter ido visitar a filha. “Aqui é um bairro de muito trânsito e tem duas escolas próximas, então em horário de entrada e saída dos alunos os pontos ficam bem cheios e não tem nenhuma cobertura nem banco”, salientou a senhora de 63 anos.

Maria ainda acrescentou que em dias chuvosos, como o de ontem, ou de sol muito quente, a espera fica ainda mais difícil. “Perto desse ponto não tem nenhum comércio para nos abrigarmos e esperarmos o ônibus, então em dias de sol, e principalmente de chuva, nós acabamos prejudicados”, assegurou ela, cobrando uma posição do Poder Público sobre a situação. Município

Entramos em contato com a assessoria de imprensa da prefeitura municipal buscando um posicionamento acercas das dificuldades apresentadas pelos usuários do transporte público, e ainda questionando sobre o cronograma de obras e manutenções, mas até o fechamento desta edição não obtivemos resposta

Por Tamires Santana– Jornal O Estado do MS.

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