HRMS retoma obras do bunker de radioterapia com o novo PAC.

Marcos Maluf
Marcos Maluf

Estado vai receber R$ 500 milhões para aplicar em projetos de saúde

Com investimento de mais de R$ 500 milhões em saúde do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), para Mato Grosso do Sul, a primeira obra que teve início no Estado foi a do bunker de radioterapia do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul). Segundo informações da Sociedade Brasileira de Radioterapia, o projeto, por ter sido aplicado desde 2012, deverá ser reformulado. Atualmente, o Estado conta com cinco equipamentos para 503 pacientes cada.

Conforme noticiado anteriormente, pelo jornal O Estado, o novo PAC vai distribuir, somente em Mato Grosso do Sul, R$ 44,7 bilhões em obras inacabadas. No eixo Saúde, que inclui a retomada do bunker de radioterapia do Hospital Regional dentro do PER/SUS (Plano de Expansão da Radioterapia do Sistema Único de Saúde), também estão previstas a construção de novas unidades básicas de saúde, policlínicas, maternidades e a compra de mais ambulâncias para melhorar o acesso a tratamento especializado.

Quem passou pelas proximidades do Hospital Regional ontem (21), percebeu a movimentação de uma equipe logo pela manhã, trabalhando na instalação de tapumes ao redor de onde será construído o bunker. Para o jornal O Estado, a unidade confirmou que a retomada se deu após a publicação do PAC.

Contudo, até o momento, o projeto, que já deveria ter sido entregue para o tratamento da população, segue sem ser finalizado. Em julho deste ano, uma nova reunião aconteceu com a presença de representantes da SES (Secretaria de Estado de Saúde) e da Funsau (Fundação Em uma ação inédita para Bonito, a FAB (Força Aérea Brasileira) anunciou que vai utilizar o aeroporto regional da cidade para um treinamento que simula conflitos irregulares, envolvendo também militares da Marinha do Brasil e do Exército Brasileiro, além de países parceiros, como os Estados Unidos da América. Os exercícios começaram ontem (21) e seguem até quarta-feira (23), sem prejuízo aos voos comerciais. A escolha pelo aeródromo se deve à infraestrutura de padrões mundiais, que atende rigorosamente aos requisitos militares e é fruto das constantes melhorias realizadas pelo Governo do Estado, por meio da Seilog (Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística). As atividades de capacitação serão realizadas dentro de um cronograma que prevê dois blocos diários, 10h às 16h e das 18h às 0h, sem prejuízo aos voos comerciais. “A escolha do Aeroporto de Bonito demonstra a confiança da Força Aérea Brasileira e da Guarda Aérea Nacional do Estado de Nova Iorque (New York Air National Guard) na capacidade do local em fornecer um ambiente seguro e eficiente”, destaca o superintendente viário da Seilog, Derick Machado. Serviços de Saúde de Mato Grosso do Sul), que, junto com o Ministério da Saúde, alinharam a retomada da obra de implantação do setor de radioterapia no HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul). Durante o encontro foi apresentado que a retomada da obra custaria R$ 9.960.000,00 para a parte de infraestrutura. O secretário de Estado de Saúde, Dr. Maurício Simões, detalhou que a reunião marcou o início da reconstrução do projeto.

“Nós precisamos readequar todo o projeto, além de buscar uma estrutura de recursos humanos e assistencial que possibilite o funcionamento adequado do serviço de radioterapia”, afirmou após o encontro.

Representantes do Ministério Público, Corpo de Bombeiros, Prefeitura e empresas privadas, como Energisa e Águas Guariroba, também participaram do encontro, que aconteceu na Escola de Saúde Pública de Mato Grosso do Sul Dr. Jorge David Nasser

Mesmo assim, vale lembrar, que esta não é a primeira vez que a finalização do projeto é anunciada. Em julho de 2018, O Governo do Estado assinou a ordem de serviço da obra de construção do bunker e área de atendimento do setor de radioterapia no HRMS, com investimento de R$ 10,5 milhões. A previsão era concluí-la em julho de 2019. No Hospital Regional, além da radioterapia (acelerador linear), também estava prevista a construção da sala de braquiterapia, tipo de radioterapia interna, que usa a radiação em contato com o local da doença.

Marcos Maluf

Em entrevista ao jornal O Estado, Arthur Accioly Rosa, radio-oncologista, presidente do Conselho da SBRT (Sociedade Brasileira de Radioterapia) destacou que mesmo com o imbróglio que envolve a obra, a situação em Mato Grosso do Sul ainda é estável, contudo, medidas para ampliar os atendimentos são necessárias, tendo em vista a projeção para o aumento de casos até 2030.

“A projeção é de 5.649 casos até 2030, com 2.931 pacientes que devem receber radioterapia. Se levarmos em conta os 503 pacientes ao longo de 12 meses, temos 60 casos novos por mês em radioterapia, volume que é considerado suficiente. Contudo, temos que analisar a situação com que esse paciente recebe tratamento, a distância que ele percorre, É um projeto de 11 anos atrás então, eu acredito que ele tenha que ser reestruturado”, finalizou

 

Plano de expansão

Conforme balanço divulgado em julho deste ano, a obra do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul está em fase de homologação de licitação e, atualmente, apenas 22% da obra civil foi finalizada.

Segundo o Ministério da Saúde, o projeto teve adesão em 14 de novembro de 2012. O projeto básico data de 5 de outubro de 2017. Dois meses depois, em 19 de dezembro, foi publicado o plano executivo, a licitação foi publicada em 6 de fevereiro de 2018 e a ordem de serviço em agosto de 2018.

O valor executado da obra já é de R$ 9.995.939,30. E, ainda, são esperados investimentos de R$ 3.200.000,00 em equipamentos. O montante previsto no projeto é de R$ 61.470,58, assim como R$ 110.727,47 empenhados em fiscalização e R$ 13.368.137,35, na fase de solução.

 

Outros projetos na Capital

As obras do PAC anunciadas, que correspondem à Prefeitura de Campo Grande, são a retomada, conclusão e novas obras, como a drenagem do complexo Anhanduí, Cabaça e Areias, que compreende os trechos: avenida Presidente Ernesto Geisel (avenida Norte-Sul – margens do córrego Anhanduí) entre as ruas Santa Adélia e Campestre Longitude. Cabaça: Vila Progresso – Vila Paranaense – Jd. TV Morena – Vilas Boas – Jd. Mansur e Areias e Cabaça: Jd. Marcos Roberto. 

Na pasta de Infraestrutura para Educação Básica – Repactuação para retomada e conclusão de obras de 7 escolas municipais. Além disso, a retomada e conclusão de obras de Centro de Artes e Esportes Unificados – CEUs, localizados no Jardim Noroeste e Parque do Sol.

 

Por Michelly Perez e Camila Farias – Jornal O Estado de Mato Grosso do Sul.

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