Homem de 25 anos foi preso, nesta quinta-feira (31), em Campo Grande, acusado de participar da chacina que matou quatro pessoas na cidade de Rolante (RS). O crime aconteceu na madrugada do dia 1º de setembro.
A prisão foi realizada por equipes da DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa) com apoio da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, que localizaram o autor enquanto ele seguia foragido. Agora, o homem passará por audiência de custória e, posteriormente, será transferido para o estado de origem.
O crime
A chacina aconteceu na madrugada de 1º de setembro. De acordo com a investigação, por volta das 3h30, quatro homens foram retirados do interior da casa e depois executados com mais de 150 tiros em frente a um condomínio residencial. Além disso, a residência de uma das vítimas foi incendiada.
Os corpos foram localizados na calçada, sendo que dois deles tinham as mãos amarradas. As vítimas tinham 22, 23, 35 e 40 anos e, conforme a investigação, tinham vínculos com um grupo criminoso que atua em Rolante.
De acordo com o titular da 6ª Delegacia de Homicídios, Thiago Carrijo, os responsáveis pela chacina são integrantes de uma outra facção e a motivação das mortes estaria relacionada a disputas pelo domínio de pontos de tráfico na cidade. O delegada aponta, entretanto, que o ocorrido foi um conflito pontual entre quadrilhas, não uma guerra.
“Nenhuma facção domina a cidade de Rolante. Ali, quem tem o controle é o Estado. O que ocorreu foi uma disputa específica entre dois grupos criminosos, por uma área onde há pontos de venda de drogas no município”, enfatizou Thiago Carrijo.
A investigação aponta que os autores da chacina saíram de Portão(RS) rumo a Rolante (RS) em um comboio que somava dez carros, incluindo veículos clonados. A carreata foi encabeçada por uma ambulância, apreendida dias depois, que também serviu para transportar armas para o grupo. Outros dois carros utilizavam giroflex ligado, na intenção de parecer com viaturas policiais.
Também foi constatado que, dias antes da chacina, os criminosos alteraram a posição de câmeras de segurança na rua em que uma das vítimas morava. O local onde ocorreram as execuções, no entorno do condomínio, teria sido selecionado por ser um ponto com visibilidade, uma avenida com intenso fluxo de veículos e pedestres. A intenção seria impor medo ao maior número de pessoas possível.
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