Furar o vermelho vira comum no trânsito da Capital

Furar sinal vermelho
Nilson Figueiredo

Semáforos mistos, que multam, e estão apenas em algumas avenidas

Cada vez mais nota-se no trânsito de Campo Grande os motociclistas que furam o sinal vermelho. O que antes era comum depois das 22h, à noite, agora não tem local e muito menos horário. É pela manhã, principalmente quando o fluxo é maior para ir ao trabalho, ou, na hora do almoço, quando aumenta o número de motociclistas que fazem entrega.

O Jornal O Estado esteve no cruzamento da Avenida das Bandeiras com a Rua Ceres que somente no intervalo de 40 minutos, ao menos seis motociclistas e cinco condutores de carro desrespeitaram o sinal de pare.

Não há uma ligação, o que se deve as mortes de trânsito a quem fure o sinal, mas dados da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) das 27 vítimas fatais de acidentes de trânsito em Campo Grande de 2022, 19 eram motociclistas, o que correspondem 70% do total de mortes, no período de 1º de janeiro a 31 de março.

Apenas nas vias Joaquim Murtinho (em dois locais) e nas avenidas Gury Marques (em dois locais), Afonso Pena (em dois locais), Mato Grosso, Mato Grosso, Salgado Filho, Costa e Silva, Nelly Martins e Gunter Hans foram instalados os semáforos “mistos”, que antes eram conhecidos como “Olho Vivo”. Equipamentos acoplados a um sistema de monitoramento no semáforo que multa, quem passa acima da velocidade permitida e no sinal vermelho.

Os semáforos de Campo Grande estão sobre responsabilidade do Consórcio CAM. O contrato está preste de vencer com o município, mas será renovado a partir do dia 20, por mais um ano. O jornal O Estado vem acompanhando o processo de renovação do contrato, firmado originalmente em 2018, por um período de dois anos, pelo valor inicial de R$ 31,781 milhões, recebeu aditivos de R$ 7,585 milhões em dezembro de 2018, e de R$ 1,684 milhão em setembro de 2019, totalizando R$ 41,05 milhões.

A primeira renovação, em maio de 2020, prorrogou o contrato por 24 meses, de 20 de abril de 2020 a abril de 2022, pelo valor de R$ 42,580 milhões, aumento de 33,8% em relação ao valor do contrato original. O novo contrato de renovação estenderá o vínculo com a empresa até abril de 2023 – totalizando cinco anos – quando uma nova licitação terá que ser realizada. O valor pelo qual o contrato será da renovado ainda não foi informado. (Texto: Bruno Arce)

Leia a matéria completa na página A6 do caderno impresso do Jornal O Estado MS

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