“Fim do estado de emergência não significa o fim da pandemia”, diz epidemiologista

Pandemia
Foto: Nilson Figueiredo
Governo federal determinou o fim da situação de emergência e MS optou em manter o Prosseguir

Entrou em vigor, no último domingo (22), o fim da Espin (Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional) no Brasil pela COVID-19, mas especialistas alegam que só a OMS (Organização Mundial da Saúde) pode dizer se a pandemia realmente acabou. Em Mato Grosso do Sul, o Comitê Prosseguir (Programa de Saúde e Segurança da Economia) permanecerá monitorando o coronavírus nos 79 municípios.

Com o decreto do Ministério da Saúde, nessa segunda-feira (23) o Governo do Estado também revogou os decretos emergenciais, mas deve manter os trabalhos do Prosseguir mesmo com a queda de 83,13% dos casos, conforme explica por meio de vídeo o secretário estadual de Saúde, Flávio Britto.

“A COVID não acabou, mas a emergência em saúde sim! O Estado de Mato Grosso do Sul orienta, sempre que possível e se o cidadão julgar necessário, fazer o uso de máscaras em locais fechados e do álcool gel para higienizar as mãos”, disse Britto.

Para a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) de Campo Grande, o decreto de emergência em saúde pública não altera nada de forma prática, ou seja, as medidas preventivas continuam vigentes e recomendadas. O que influencia é na questão da contratualização e de compras, que poderiam ser feitas de maneira emergencial sem a necessidade de seguir os trâmites licitatórios comuns.

Sobre os trabalhos, caso aconteça uma nova onda da doença na Capital, a Sesau garante que a situação será enfrentada com segurança, já que nos últimos dois anos foram mais de 1.400 profissionais de saúde aprovados em concurso, sendo quase 400 médicos. A compra de materiais, insumos e medicamente está ocorrendo de maneira periódica para evitar qualquer tipo de desabastecimento.

Para o infectologista e coordenador de pesquisas da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) Rivaldo Venâncio, o fim da Espin não é o fim da pandemia, pois isso depende da avaliação da OMS, que leva em consideração a situação de todos os continentes. Porém, ele acredita que hoje as pessoas enfrentam doenças virais de maneira mais responsável.

“Todos nós aprendemos com a pandemia. Nós sempre negligenciamos essas infecções respiratórias, poucos utilizavam máscaras quando estavam gripados. Agora o uso de máscaras e a higienização passam a ser parte do modus de vida nosso, mais higiênico. Estamos um pouquinho mais higiênicos e cuidadosos com a nossa saúde e coletiva”, acredita Rivaldo.

Sobre a estagnação na imunização, ele diz que é algo previsível em casos de vacinas com mais de uma dose. “Não podemos desanimar, devemos continuar o alerta e incentivando a população”, concluiu Rivaldo.

Texto: Kamila Alcântara – Jornal O Estado MS

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