Prefeito de Pedro Juan foi o sexto político assassinado em 8 meses

Fronteira Ponta Porã
Foto: Lile Correa
Por Suelen Morales – Jornal O Estado de MS

O prefeito de Pedro Juan Caballero, José Carlos Acevedo, foi o sexto político assassinado a tiros na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul. Em 2021, cinco políticos também foram executados. Acevedo foi alvejado no dia 17 de maio e ficou quatro dias internado no Hospital Viva Vida, porém no sábado (21) teve morte cerebral. 

Em setembro de 2021, o ex-vereador pelo MDB Joanir Subtil Viana, 53, foi assassinado em Ponta Porã. No mesmo mês, o advogado e candidato a vereador Néstor Echeverría foi alvejado por 41 disparos de uma pistola 9 mm. 

No dia 8 de outubro de 2021, foi a vez do vereador Farid Charbel Badaoui Afif (DEM). Ele foi assassinado em Pedro Juan Caballero. No dia seguinte, a filha do governador de Amambay e sobrinha do prefeito de Pedro Juan Caballero, Haylle Carolina Acevedo Yunis, 21, foi atingida por disparos ao sair de uma boate. 

Em novembro, o ex-suplente de deputado federal, Rubens Sanchez, 57, conhecido por “Chicharo”, também foi assassinado. Na fronteira entre Paranhos e o Paraguai, o vereador Hugo Leonardo (MDB), 38, foi encontrado morto com diversos disparos.

Cunhada de Acevedo assume prefeitura até novas eleições

Carolina Yunis de Acevedo

Reprodução/Internet

O diretor de Processos Eleitorais do TSJE (Tribunal Superior de Justiça Eleitoral do Paraguai), Carlos María Ljubetic, informou que a primeira medida a ser tomada é a posse da presidente da Junta Municipal de Pedro Juan, Carolina Yunis de Acevedo, como interina da prefeitura. Cabe destacar que Carolina é esposa do governador de Amambay, Ronald Acevedo, ou seja, cunhada do prefeito assassinado e mãe da estudante, Haylle Acevedo, também assassinada no ano passado. 

“Ela deve assumir o cargo e dentro de 30 dias convocar a uma reunião para seguramente eleger um candidato a prefeitura. Mas, para as eleições, a lei estabelece que há 90 dias de prazo para convocação. A partir de hoje, vamos tentar estabelecer um cronograma”, disse o diretor do TSJE em entrevista à Rádio 1080 AM. 

No entanto, o clima é de tensão entre os familiares. “Estou assumindo como intendente interina. Implica muita responsabilidade a maneira em que estou tomando a posse do cargo”, publicou Carolina em sua rede social.

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