Filha de mulher torturada e morta na Capital acredita em envolvimento do irmão no crime

Willian Leite/O Estado Online
Willian Leite/O Estado Online

A filha, 21, da mulher torturada e assassinada no portal Caiobá no dia 27 de janeiro, diz estar aliviada após ter ganho a guarda provisória do irmão mais novo, de 1 anos e 8 meses. Ela também revelou à reportagem como era a relação familiar entre a mãe, o irmão de 17 anos e o suspeito preso na Deam (Delegacia de Atendimento Especializado à Mulher) de Campo Grande, na tarde de quinta-feira (3).

A jovem foi ouvida pela Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), nesta sexta-feira, que segue investigando o caso.

Para a reportagem, a jovem contou que a última conversa com mãe foi antes dela voltar para casa que morava com o suspeito, em dezembro do ano passado. ”Nessa época, a gente tinha chamado a polícia e conseguimos levar ela para minha casa. Tínhamos conseguido roupas para o neném e a tranquilizamos em relação a criação do bebê”.

A filha conta que ofereceu ajuda psicológica para a mãe, Francielli Guimarães, 36. “Ela olhava para o nada e chorava. Nessa época ela já estava com ferimentos e com as costas cortada”. Circunstâncias depois, o rapaz de 17 anos persistiu que a mãe voltasse para a casa onde morava com o suspeito.

A partir disso, a filha não teve mais retorno ou notícias sobre a mãe. Por fim, ela revela que o “escape” do seu irmão de 17 anos era de sempre dizer que iria contar tudo para o pai e acredita que o rapaz estava envolvido no crime.

”Acredito que ele possa estar envolvido. Um dia que fui até lá e vi minha mãe machucada, fiz tudo que podia e coloquei a vida em risco para tirá-la de lá. Não custava nada ele ter feito a mesma coisa”, desabafou.

Ela não estava saindo de casa enquanto o suspeito estava foragido. ”Tinha medo dele fazer algo ou usar a gente de escudo para não ser preso. Com a prisão, eu fiquei aliviada e surpreendida, pois não esperava que a polícia iria encontrá-lo tão rápido”, disse.

“Quem me contou sobre a morte da minha mãe foi a sogra do meu irmão, porque ele não falou nada. Até hoje não mandou nenhuma mensagem para falar o que aconteceu”, completou.

(Com Willian Leite)

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