Por Bruna Marques – Jornal O Estado MS
No dia 20 de agosto a FCDL (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Mato Grosso do Sul) completou 28 anos e ao longo de sua história tem sido a força do varejo no Estado, trazendo soluções e fortalecendo o mercado varejista.
A FCDL pertence a um sistema fidelista com mais de 2 mil CDLs (Câmaras de Dirigentes lojistas), no Brasil. Está presente em 26 estados e no Distrito Federal. De acordo com a empresária, advogada e presidente da federação, Inês Santiago, a entidade de cunho estadual é representativa do varejo em Mato Grosso do Sul, e o trabalho da instituição é dedicado a levar as dificuldades dos varejistas para as lideranças do Congresso Nacional.
“Nós fazemos uma interlocução forte junto ao congresso, especialmente em todas as legislações que dizem respeito ao varejo, como por exemplo, a lei da gestante. Uma lei que impactou de diversas maneiras a vida do trabalhador e do empresário”, relembra.
Com um excelente diálogo com a bancada de Mato Grosso do Sul, a presidente tem apresentado soluções para ajudar a alavancar o varejo. “A alíquota do ICMS se tornou uma alíquota única, fizemos uma atuação muito forte, porque isso impacta muito o nosso varejo uma vez que Mato Grosso do Sul recebe aqui todo o produto que consumimos, que vem para nossa mesa, de modo geral chega ao Estado por meio de rodovias, logo temos um alto custo de transporte que impacta no preço desse produto e isso gera para nós um varejo pouco competitivo”, explica.
Cobra de Quem Promete – Quando chega a época de eleição a FCDL conversa com os candidatos para poder chamar atenção para o setor varejista.
Após ouvir os candidatos que poderão representar Mato Grosso do Sul, as entrevistas são veiculadas por ordem de sorteio. A presidente entende que o setor carece de representatividade.
“Nós temos pouquíssimos representantes do varejo em todas as esferas de poder. Quando chamamos o candidato e questiona ele qual é a sua plataforma de governo voltado para o varejo, acaba chamando atenção para o nosso setor e se ele não tiver uma proposta ele vai ter de arrumar, porque o varejo entrega 65% da mão de obra sul-mato-grossense. Então veja o quanto é significativo e muitas vezes não somos olhados”, declara.
Sobre estar há três anos e oito meses à frente de uma instituição representativa do varejo, Inês Santiago revela se sentir privilegiada de estar em uma condição de ser útil para a população.
“O meu conhecimento, a minha vida está a serviço, fico muito feliz de ajudar pessoas e poder contribuir de alguma forma para que a vida das pessoas da nossa cidade melhore. Me coloco sempre à disposição dessas pautas propositivas em favor do nosso varejo, não é fácil, é trabalhoso, é sem remuneração, mas fazemos como forma de doação para a sociedade e me sinto agraciada de ocupar essa função e de fazer alguma diferença na vida das pessoas”, finaliza.
Setor Competitivo – Atualmente, a FCDL tem participado de muitos debates sobre a RILA (Rota de Integração Latino-Americana), sempre trabalhando por alternativas que facilitem a vida do empresário e tornem o setor cada vez mais competitivo.
“Para nós que ainda não estamos usufruindo dessa saída para o Pacífico, que vai economizar quinze dias de viagem e vai trazer o produto lá de fora com muito com um custo muito menor, a diminuição da alíquota do combustível nos interessa muito”, revela.
Segundo Inês, Mato Grosso do Sul é o 3º estado brasileiro com alíquota sobre o combustível mais cara do país, perdendo apenas para o Rio de Janeiro e Piauí. Diante disso, a federação busca trazer cada vez mais um ambiente de negócio propício para o setor produtivo e os trabalhadores.
“Quando olhamos para essa questão fazemos uma atuação junto a nossa frente parlamentar lá no congresso para conseguirmos a aprovação de leis em tempo recorde. Se o setor produtivo vai bem ele tem demanda, ele tendo demanda, ele emprega mais e ele tendo cada vez mais consumidores, ele tem condição de pagar cada vez melhor o seu trabalhador”, afirma.
Inês Santiago acredita que, desenvolvendo o varejo em Mato Grosso do Sul, também serão beneficiados com qualificação profissional e ganho de salário justo. “Nosso papel é apoiar as CDLs nas bases, dando todo o apoio.”
Reforma Tributária – A presidente crê que a reforma tributária só será possível a partir de uma mudança administrativa. “Essa reforma administrativa também depende de um novo pacto federativo.
Esse é um ponto que estamos atuando muito forte no congresso, nós entendemos que se não houver uma convergência da união, estados e municípios quanto a arrecadação, de forma que haja um equilíbrio de distribuição dessa arrecadação, nós vamos ter bastante dificuldade de fazer a reforma administrativa e por sua vez, por consequência, a reforma tributária”, diz
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