Estimativa de inflação vai de 3,54% para 4,21%

Dados do Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (7), aponta que a estimativa do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), registrou alta de 3,54% para 4,21%.

Conforme mostra a instituição, essa é a 17ª alta seguida da estimativa e extrapola, pela primeira vez, o centro da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para este ano, de 4%. Se considerada a margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, o índice, porém, permanece dentro da meta, já que pode variar de 2,5% a 5,5%.

A projeção para 2021 também foi atualizada, ao cair de 3,47% para 3,34%, destoando da tendência verificada até a semana passada, que era de crescimento. As previsões para 2022 e 2023 mantiveram-se estáveis em 3,50% e 3,25%, respectivamente.

Outra referência que consta do boletim é a taxa básica de juros, a Selic, que consiste no principal instrumento usado pelo BC para alcançar a meta de inflação. Nesta edição, também foi mantida inalterada, de 2% ao ano para o final de 2020. Segundo as estimativas, a taxa deverá ser de 3% ao ano, ao final de 2021, conforme o BC já havia informado no boletim anterior. Em relação ao fim de 2022 e 2023, o valor estimado é de 4,5% ao ano e 6% ao ano.

A última reunião deste ano do Comitê de Política Monetária (Copom), responsável por definir a Selic, está marcada para esta terça (8) e quarta-feira (9).

A redução da Selic favorece o barateamento do crédito e um menor controle da inflação, o que estimula a produção e o consumo da população. Apesar disso, os bancos consideram também outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como o risco de inadimplência, a margem de lucro e despesas administrativas.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Quando a Selic é mantida, o comitê considera que ajustes anteriores foram suficientes para manter a inflação sob controle.

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