Entrega de reagentes deve normalizar exames na rede pública nos próximos dias, diz secretaria

Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Moradora relata dificuldade para realizar exame de urina no Portal Caiobá; Sesau afirma que nova remessa de materiais chega até a primeira quinzena deste mês

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informou que aguarda, até o fim da primeira quinzena deste mês, a chegada de uma nova remessa de reagentes para restabelecer o agendamento de exames na rede pública de Campo Grande. O posicionamento veio após o relato de Elizabete dos Santos, 44 anos, moradora do Portal Caiobá, que buscou a equipe do Jornal O Estado para relatar a dificuldade em realizar exame de urina na Clínica da Família do bairro.

Segundo Elizabete, o procedimento não estava sendo feito na unidade, e ela foi orientada a procurar um laboratório particular. Prestes a passar por cirurgia, ela afirmou que precisará desembolsar cerca de R$ 70 para conseguir o exame. “Lá [na clínica] fui informada que eu teria que fazer o exame em laboratório particular. É um exame que sempre fiz pelo sistema público, agora preciso tirar dinheiro de onde não tenho para pagar algo que é essencial. Me disseram que era por falta de reagentes”, contou.

A Sesau esclareceu que a suspensão ocorreu devido à espera pelo abastecimento por parte do fornecedor. Assim que os reagentes forem entregues, segundo a pasta, os exames que dependem desse material terão o agendamento retomado normalmente.

Confira a nota na íntegra:

A Secretaria Municipal de Saúde informa que aguarda, até o final da primeira quinzena deste mês, a entrega de uma nova remessa de reagentes por parte do fornecedor responsável pelo abastecimento. Assim que o material for recebido, o agendamento dos exames será restabelecido normalmente.

Não é a primeira vez

Situações semelhantes já ocorreram em outros anos. Em 2016, uma vistoria da 32ª Promotoria de Justiça da Saúde Pública apontou falta de reagentes em exames bioquímicos utilizados tanto em diagnósticos quanto no acompanhamento de pacientes. No ano seguinte, um documento interno que circulou nas unidades também mencionava interrupções temporárias por causa do desabastecimento, à época relacionado a questões contratuais com a empresa responsável.

A rede municipal aguarda a chegada dos novos materiais para normalizar os atendimentos. A reportagem segue acompanhando o caso.

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