Cerca de 400 enfermeiros e enfermeiras ocuparam as ruas do centro de Campo Grande, para protestar na manhã desta terça-feira (20), contra o atraso da renovação do acordo coletivo, firmado com a direção da Santa Casa. Os acordos sempre ocorrem em maio, mas este ano ainda não houve nenhuma alteração salarial. A categoria pede reajuste de 10,16%.
A passeata iniciou na Santa Casa de Campo Grande, percorreu as ruas Eduardo Santos Pereira, 13 de Maio e Afonso Pena, até chegar em frente à Prefeitura Municipal de Campo Grande.
De acordo com o presidente do Siems (Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem de Mato Grosso do Sul), Lázaro Santana, uma das razões desse atraso, é o impasse entre a Prefeitura e a direção da Santa Casa. “Nas duas reuniões que tivemos de abril até agora, a Santa Casa afirma que não tem dinheiro para aplicar o reajuste dos trabalhadores com a Prefeitura. A Santa Casa aponta que há um déficit de 12 milhões de reais, mas só conseguiu um aporte de 3 milhões de reais da Prefeitura”, explica Lázaro.
O sindicalista afirma que a paralisação dos profissionais da enfermagem permanecerá até que haja uma resposta.“Nós vamos suspender novamente as atividades na Santa Casa, a partir das 7h da manhã, até que a Prefeitura e a Santa Casa entrem em consenso”, afirma.
Reivindicação em nível nacional
No dia 10 de setembro, a categoria também se organizou na Praça do Rádio Clube, para se manifestar contra a suspensão da liminar do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre o pagamento do piso salarial nacional dos profissionais da enfermagem. A manifestação na Capital reuniu um público de 2 mil pessoas.
Conforme já noticiado por O Estado, desde que foi regulamentada há 36 anos, no dia 25 de junho de 1986 (ou pela Lei nº 7.498 de 1986), a classe da enfermagem, que inclui técnicos e parteiras, segue sem um piso salarial nacional. O projeto sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro estabelece o valor de R$ 4.750,00 para enfermeiros, R$ 3.325,00 para técnicos em enfermagem e R$ 2.375,00 para auxiliares de enfermagem e parteiras.
*com informações da repórter Brenda Leitte, do jornal O Estado
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