Em uma semana, Mato Grosso do Sul dobrou o número de casos confirmados de dengue. Conforme dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde, foram registrados 619 casos da doença. Na semana passada, haviam 310 pacientes com a doença, segundo o último boletim epidemiológico da SES (Secretaria Estadual de Saúde), divulgado no dia 6 de fevereiro, ou seja, um aumento de mais de 90%.
Atualmente o estado contabiliza 2.686 casos da doença, sendo 2.067 considerados prováveis. No boletim estadual, até o dia seis de fevereiro foram 2.058 casos prováveis.
Além disso, há uma morte em investigação no estado, registrada na última semana de janeiro. Os dados apontam que o índice de incidência da dengue está em 97,4, que representa aumento se comparado com o boletim estadual, que registrou 74,7 de incidência.
Casos prováveis são todos os casos em investigação, casos confirmados e ignorados. Já casos confirmados são os casos encerrados para o agravo, levando em conta o critério laboratorial ou clínico-epidemiológico, sujeitos a alteração.
O painel ainda traz dados sobre gênero dos infectados, raça, cor e sexo e uma pirâmide etária, que indica que a incidência maior de casos prováveis ocorre entre pacientes de 30 a 39 anos.
Brasil
O Brasil registrou 512.353 casos prováveis de dengue desde o início de 2024, conforme o painel. No ano passado inteiro os registros foram de 1,6 milhão. Além disso, foram contabilizados ainda 75 óbitos pela doença, e p340 mortes estão sob investigação..
O coeficiente de incidência da dengue no país, neste momento, é 252,3 casos para cada grupo de 100 mil habitantes. Entre os casos prováveis, 54,9% são em mulheres e 45,1% em homens. A faixa etária dos 30 aos 39 anos segue respondendo pelo maior número de casos, seguida pelo grupo de 40 a 49 anos e de 50 a 59 anos.
Mato Grosso do Sul fica em 14º no ranking de casos prováveis e em 13º em coeficiente de incidência.
No ano passado, o Ministério da Saúde indicou que 74,8% dos criadouros do mosquito da dengue estão nos domicílios, como em vasos e pratos de plantas, garrafas retornáveis, pingadeira, recipientes de degelo em geladeiras, bebedouros em geral, pequenas fontes ornamentais e materiais em depósitos de construção (sanitários estocados, canos, etc.).
O levantamento aponta que depósitos de armazenamento de água elevados (caixas d’água, tambores, depósitos de alvenaria) e no nível do solo (tonel, tambor, barril, cisternas, poço/cacimba) aparecem como segundo maior foco de procriação dos vetores, com 22%, enquanto depósitos de pneus e lixo têm 3,2%.