Em reunião sem resultado, nova negociação entre Marquinhos e professores fica para próxima quarta

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Foto: Willian Leite/O Estado Online

Nada feito. Após o encontro marcado “às pressas” no dia de hoje (24) pelo prefeito Marquinhos Trad, professores da Reme (Rede Municipal de Ensino) não deram o “braço a torcer” sobre o reajuste salarial proposto pela prefeitura. Sem acordo, o jeito foi deixar marcado pelo menos a próxima reunião, já na próxima quarta-feira, 2 de março.

A classe solicitava ao menos 33,24% de ganho que, segundo a ACP-MS (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública), “o reajuste salarial foi de zero em 2020 e 2021”. A reclamação dos profissionais, em meio ao protesto em frente ao Paço Municipal na tarde desta quinta-feira, é de que a situação permaneça a mesma em 2022.

“O que eles querem? Os 33,24% deste ano e os demais 36,29% escalonados até 2024, fora a inflação”, comentou Marquinhos. Ele ressaltou que a negociação de hoje foi para apresentar uma nova proposta: reajuste de 10,06% de forma imediata e mais 12,5% nos meses de maio e outubro do ano que vem – isto seguindo a inflação da data-base, de maio.

A categoria não aceitou, muito menos mais um escalonamento do reajuste. A prefeitura diz não ter condições de assumir o compromisso solicitado, que se trata de uma correção instituída pelo Governo Federal neste ano por meio da Lei do Piso (lei 11.738/2008).

Para Marquinhos, “está sendo impossível de cumpri-la”. “A maioria das prefeituras brasileiras nem sequer cobriram o aumento da inflação registrada, que é de 10,06%. Apenas cinco em todo o país fizeram”, contrapôs.

Um dos participantes da comissão da ACP-MS na reunião desta quinta-feira, o presidente do sindicato, Lucílio Souza Nobre, só pede que o prefeito “cumpra com a lei”. Caso a categoria não seja acatada, há ameaça de paralisação no próximo dia 4 de março e, inclusive, indicativo de greve.

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