Em MS, 188,2 mil pessoas recebem adicional de R$ 50 do Bolsa Família

Fotos: Nilson Figueiredo
Fotos: Nilson Figueiredo

Das 205.918 mil famílias que recebem o novo Bolsa Família em Mato Grosso do Sul, 188.201 mil vão ter o adicional de R$ 50, conforme o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome. O montante representa 91,4%. O complemento será para famílias com gestantes e com filhos de 7 a 18 anos.

Neste mês, o Benefício Variável Familiar passou a atender 11.278 gestantes, 150.797 mil crianças de sete a 11 anos e 26.126 mil adolescentes, no Estado. Do total de pessoas que recebem o Bolsa Família neste mês, no país, 31,5 milhões são do sexo feminino (57,7%).  As mulheres também são a grande maioria entre os responsáveis familiares: 81,5%. Além disso, 40,1 milhões, ou 73,4% dos beneficiários são de cor preta/parda e 632 mil pessoas (1,2%) são indígenas. 

Segundo o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, foi liberado mais de oito milhões de cartões do Bolsa Família, de pagamento pela Caixa Econômica Federal, integrando mais famílias que têm a opção de sacar o dinheiro no banco e na rede credenciada, lotéricas, Caixa Aqui, ou de pagar suas compras com o cartão, na função débito. “Essa era uma cobrança do presidente Lula, que quer humanizar ainda mais o serviço do Bolsa Família. A Caixa libera também o Caixa Móvel, com caminhões, embarcações, que vão nas comunidades mais isoladas, indígenas, para facilitar o pagamento”, finalizou Dias.

 

Realidade

A dona de casa Luciana Ferreira dos Santos, de 45 anos, afirma que o benefício ajuda a família nas compras de supermercado e no gás. “Tenho três filhos e com o dinheiro consigo comprar bastante comida para casa, quitar algumas contas do mês e pagar também o gás. E, agora, o adicional vai continuar me ajudando nas despesas”, comemorou. A também dona de casa Thaynara Rosa, de 28 anos, mãe de quatro filhos e esperando o quinto, relata que o adicional vai chegar em uma boa hora. “Minha data de receber o auxílio é apenas no fim do mês. Porém, não vejo a hora de receber o novo adicional. Com o benefício consigo fazer as compras de supermercado, em que gasto, em média, por mês, o valor de R$ 600, e compro bastante pão, leite e fraldas para as crianças. Além disso, tenho o aluguel, que entra na lista e outras despesas que são muitas, ainda mais com os filhos pequenos e estando gestante. É pouco, mas ajuda”, relatou.

A dona de casa Tais Cristina Lourenço, de 23 anos, também vai receber o adicional de R$ 50. “Se não fosse esse benefício do Bolsa Família, não teria como pagar as contas de casa. Tenho um filho e ajudo a criar meu sobrinho. No dia a dia vendo sabão de álcool e produtos de limpeza, mas o que ganho não é o suficiente. Então, o auxílio me ajuda a comer e a sobreviver e, com o novo adicional, vai ajudar ainda mais minha família.” 

 

Outro adicional

Além desse adicional, o Bolsa Família paga outro de R$ 150 a famílias com crianças de até 6 anos que atende a 119.944 mil no Estado, com o valor total de R$ 17.264.250,00. No Brasil, entre os meses de maio a junho foram incluídas mais de 85.225 mil crianças de até seis anos, no programa. Desta forma, o valor total do benefício pode chegar a R$ 900, para quem cumpre os requisitos para receber os dois adicionais.

O pagamento do adicional de R$ 150 começou a ser pago no mês de março, após o governo fazer um pente-fino no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), para eliminar fraudes. Segundo o balanço mais recente, quefoi divulgado no mês de fevereiro, informa que 19.207 famílias foram excluídas da lista de pagamento do PBF (Programa Bolsa Família), em Mato Grosso do Sul. O número representa 8,9% das 215.940 famílias que receberam o benefício no mesmo mês.

Desta forma, com a análise dos beneficiários irregulares foi possível abrir um espaço para as famílias que se enquadravam no Programa Bolsa Família. O Ministério afirma que 8.885 famílias do Estado, que preenchem os requisitos e estavam fora da lista, foram adicionadas ao programa, no mesmo mês. Já em relação às crianças de 0 a 6 anos, foram 5.186 no Estado.

 

 Mudança

Desde o início do ano, o programa social voltou a se chamar Bolsa Família com o valor mínimo do benefício em R$ 600. De acordo com o ministério, a criação do adicional é a última mudança prevista no programa, que teve a implementação concluída neste mês. No modelo tradicional do programa Bolsa Família, o

pagamento ocorre nos último dez dias úteis de cada mês. O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas no aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.

 

Quem tem direito?

Para receber o Bolsa Família, a principal regra é que a família tenha renda mensal de até R$ 218 por pessoa. O que significa que toda a renda gerada pelas pessoas da família, por mês, dividida pelo número de pessoas da família, deve ser de, no máximo, R$ 218. 

Além da transferência de renda, a superação da pobreza e incentivar o trabalho são objetivos do programa. Para ter direito, a família elegível precisa estar inscrita no CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal) com os dados corretos e atualizados.

A inscrição pode ser feita em um posto de cadastramento ou atendimento da assistência social no município. Para encontrar o posto de atendimento mais próximo, saber as documentações necessárias ou outra informação basta acessar a página do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome e encontre a aba Serviços – Carta de Serviços.

 

Por Marina Romualdo – Jornal O Estado do MS.

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