Em meio a especulações, Campo Grande pode receber 70 ônibus

Foto: Divulçaão/MOB Ceará
Foto: Divulçaão/MOB Ceará

Sobre nova tarifa para usuários, prefeita garante que estudo cauteloso está sendo feito pelas equipes

Em meio a especulações e notícias divulgadas, como a da última terça-feira (24) no site Ligados no Transporte, tudo indica que Campo Grande receberá neste ano novos ônibus para renovar parte da frota do transporte coletivo da Capital.

O fato veio à tona após uma empresa de mobilidade urbana do Ceará, intitulada MOB Ceará, divulgar registros da aquisição de novos veículos que operam na cidade, e no fundo da foto aparecem dois veículos com a pintura de Campo Grande, o que gerou a investigação.

A reportagem de O Estado entrou em contato com a Prefeitura de Campo Grande, com o Consórcio Guaicurus e com o sindicato dos motoristas para confirmar a informação, mas, em meio à discussão da nova tarifa, que será repassada ao usuário, desconversaram.

Conforme o site Ligados no Transporte, a suposta aquisição seria para substituir os veículos fabricados nos anos de 2009/2010, que ainda circulam pela cidade, tendo em vista que a maioria dos ônibus que circulam até o momento tem quase ou mais de oito anos de uso, ao passo que no contrato e a idade máxima é de dez anos.

Atualmente, a frota de ônibus em Campo Grande é composta por 448 ônibus que circulam pelos 4.386 pontos na cidade, sendo 2.143 que ainda não possuem cobertura e assentos, e 2.243 paradas que já aderiram a coberturas e assentos.

Recentemente, foram instaladas cinco estações de embarque e desembarque no corredor da Rua Rui Barbosa, no centro da Capital, e dois pontos de ônibus por meio do “Reviva Campo Grande”, além das cinco estações de embarque e desembarque presentes no corredor da Brilhante. Entre as linhas que percorrem a Capital, a de menor trajeto faz o ônibus Zé Pereira, ao passo que a que leva mais tempo é a do Terminal Aero Rancho/ Terminal Nova Bahia.

Novo preço da passagem

Cabe ressaltar que a Prefeitura de Campo Grande estuda qual será o novo valor da tarifa do transporte coletivo. Na última semana, foi acertada a tarifa técnica entre o município e o Consórcio Guaicurus no valor de R$ 5,80.

Em entrevista para a rádio Tribuna Livre, na manhã de ontem (25), a prefeita Adriane Lopes foi questionada acerca do valor da tarifa do transporte, que, conforme foi divulgado após o acordo de reajuste entre os trabalhadores e o consórcio, o valor do passe precisaria subir o mais rápido possível para suprir a necessidade dos motoristas.

“Agora estamos fazendo esse estudo cautelosamente para que o impacto nos usuários seja o menor possível, e caso o valor para a população feche em R$ 4,65, por exemplo, essa diferença de R$ 1,15 será bancada pelo município, pelo governo federal e também pelo governo estadual”, afirmou a prefeita.

Inicialmente, as especulações eram de que o valor da tarifa poderia chegar a até R$ 8,00. Isso porque o preço leva em cosideração diversos fatores, como a alta do combustível e INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). “O estudo ainda não foi concluído e a Agereg que decide, mas o reajuste chega em torno de R$ 8”, afirmou o diretorexecutivo do consórcio, Robson Strengari.

Em contrapartida, a prefeita disse que os usuários não podem perecer, por um desencontro da empresa com seus funcionários, e assegurou que a população não pode pagar R$ 8,00 em uma tarifa de ônibus. “Nossas equipes técnicas estão analisando a situação e verificando os valores, visando ao que será melhor para os que utilizam dos serviços, baseando no saláriomínimo”, justificou.

Lembrando que, uma semana atrás, os motoristas do transporte coletivo da Capital paralisaram as atividades, reivindicando reajuste de 16% na remuneração, além de aumento nos benefícios. A paralisação resultou em um prejuízo de R$ 400 a R$ 500 mil para o Consórcio Guaicurus.

A categoria aceitou o acordo de reajuste de 10%, pelo qual 8% serão pagos imediatamente após o reajuste da tarifa técnica estipulada em R$ 5,80 pela Agereg (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande). Já os outros 2% serão parcelados em duas vezes para os trabalhadores, sendo 1% a partir de junho e 1% a partir de setembro.

Na decisão, após acordo com a concessionária, na última sexta-feira (20), ainda ficaram mantidos os benefícios de plano de saúde, participação nos lucros e o valor do ticket alimentação subiu de R$ 150 para R$ 200.

Por Tamires Santana – Jornal O Estado do MS

Confira mais uma edição impressa do Jornal O Estado do MS.

Acesse também as redes sociais do O Estado Online no Facebook Instagram.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *