Em colapso, HR vive “cenário de guerra”

Foto: Portal MS
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Referência no tratamento de COVID, hospital adotou protocolo para priorizar pacientes

Operando bem acima da capacidade, o Hospital Regional Rosa Pedrossian, unidade de referência no atendimento a pacientes com COVID-19 no Estado, tem enfrentado cenário caótico com a crescente demanda de internações de pessoas contaminadas pelo novo coronavírus.

A unidade tem improvisado espaços para acomodar quem chega e até mantém pacientes intubados na enfermaria. Por causa da lotação e da pressão para receber novos doentes, a unidade acionou protocolo de triagem para selecionar quem terá direito a um leito. Disputa que, na maioria dos casos, é vencida pelo público mais jovem.

“É um cenário de guerra.Ultrapassamos os limites possíveis tanto de estrutura quanto de recursos humanos. Estamos fazendo o impossível para abrir pontos de cuidado e não estamos conseguindo porque a demanda está muito alta”, afirma a presidente do HR, Rosana Leite de Melo.

Segundo ela, hoje a capacidade de internação em leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para adultos é de 125 pessoas. Apesar disso, o hospital ampliou o limite possível e atende 132 pacientes, 6% a mais do que poderia. Na sala vermelha, projetada para o tratamento de seis, hoje estão acomodados oito pacientes. A situação ficou tão crítica que até na enfermaria foram colocados pacientes entubados.

“As salas não têm saídas de oxigênio para isso. Existe um limite. Nesses espaços improvisados, a tubulação é mais fina, não foi criado para esse tipo de atendimento. Com a pressão de oxigênio mais elevada, corre o risco de estourar”, explica Rosana Leite.

Com recursos esgotados, o Hospital Regional acionou pela segunda vez desde o início da pandemia o protocolo de triagem para novas admissões. Com a seleção de quem vai conseguir ou não um leito, pacientes mais jovens acabam se beneficiando.

“O primeiro critério é quem tem maior chance de recuperação. Por coincidência, os mais jovens são os que mais fazem parte desse grupo. Em seguida, leva-se em consideração o ciclo de vida. Primeiro, são pessoas de até 40”, explica a presidente do Regional. De acordo com ela, antes a norma havia sido implantada apenas no mês de março, quando Mato Grosso do Sul enfrentou pico da COVID-19.

(Confira a matéria completa na página A7 da versão digital do jornal O Estado)

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