Em 2019, cesta básica da Capital teve a segunda menor alta

A cesta básica vendida em Campo Grande ficou em segundo lugar no ranking das que menos encarecem no Brasil no ano, com diferença de 6,43% entre dezembro de 2018 e 2019, aponta o levantamento mensal do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Entre novembro e dezembro do ano passado, a variação registrada foi de 6,64% (+R$ 28,02) e o preço fechou o ano em R$ 450,08, na média.

Ainda segundo levantamento, o trabalhador da capital precisou investir mais horas de trabalho para adquirir uma cesta básica. Em relação a novembro, o aumento na carga horária foi de 6 horas e 11 minutos, totalizando 99 horas e 13 minutos necessários para pagar pelos alimentos, mais de duas semanas do mês.

A cesta familiar teve alta de R$ 84,06 chegando a custar R$ 1.350,24 em dezembro. Na métrica do Dieese, uma família é composta por dois adultos e duas crianças. Em relação aos preços de 2018, o aumento em 2019 foi de R$ 81,60. No valor do mês passado, a cesta correspondeu a 1,35 vezes o salário-mínimo bruto.

Para comprar uma cesta básica simples, o consumidor precisou investir 49,02% do salário-mínimo líquido, ou seja, quase a metade do total explicitando crescimento de 3,05 pontos percentuais em relação a novembro de 2019.

Altas e Baixas

A carne bovina teve a maior alta em dezembro, ainda de acordo com o Dieese, cerca de 25%. Em setembro do ano passado, o preço do quilo dos cortes era, em média, de R$ 19,98. No mês passado, o valor chegou a R$ 27,28. Ainda tiveram alta a farinha de trigo (4,57%), tomate (3,49%), feijão (2,93%), leite de caixinha (1,42%) e café (0,85%). Mesmo sumido dos holofotes, em decorrência da polêmica da carne, o feijão foi o campeão de variação em 2019 com preço oscilando até 39,77%. O preço médio do feijão carioquinha na capital foi de R$ 4,92.

Cinco itens registraram baixas de preços: Banana (-15,60%), Batata (-8,45%), Manteiga (-2,15%), Açúcar cristal (-1,57%) e Óleo de soja (-0,50%). Com exceção da batata, todos os produtos citados reverteram a alta obtida em novembro. Os únicos produtos que não apresentaram variação foram o pãozinho francês e o arroz.

(Texto: Marcus Moura)

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