Economista dá dicas de como começar o ano de 2023 sem acumular dívidas

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Foto: Valentin Manieri/Jornal O Estado Online

Com a chegada do próximo ano, é preciso ter um bom planejamento para garantir o controle e organização para manter as contas em dia. Apenas em Mato Grosso do Sul, o número de inadimplentes chega a 991.420 mil, conforme dados da Serasa.

Para auxiliar neste assunto, o economista Eugênio Pavão explica o que é fundamental na hora da quitação de dívidas. Após as despesas com as festas de fim de ano que foram financiadas pelo 13° salário e férias, o ano começa com diversos obstáculos para o equilíbrio financeiro. O economista lembra, também, que 2023 será o ano dos reajustes.

Planejamento

Pavão destaca que o pagamento de tributos é a marca do início do ano. “Convivemos com o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) que garante um desconto de 20% no pagamento à vista em Campo Grande – considerado um dos maiores descontos do Brasil. Em seguida, temos o IPVA (Imposto Sobre Propriedade de Veículo Automotor) que possui o desconto de 3% à vista”.

“No entanto, junto com esses tributos, a maioria da população tem despesas de materiais escolares e matrículas de escolas particulares”. Eugênio ainda destaca que o planejamento financeiro para as famílias no próximo ano é seguir o mesmo processo do semáforo em relação às questões de terem a consciência se estão no vermelho, amarelo ou verde.

No “vermelho”: Para o economista, as famílias que estão no vermelho (endividadas), tiveram uma queda de renda ou desemprego, devem buscar outras fontes de renda como um trabalho extra, venda de algum patrimônio para fazer frente a essa situação das despesas.

Já a questão da população em “amarelo”, ou seja, que estão com as despesas equilibradas “é preciso buscar uma renda extra para poder passar para o verde que é quando as famílias ganham mais do que gastam e que podem até investir em aplicações do mercado financeiro e entre outros”, salienta.

Além disso, uma boa estratégia seria guardar 8% do salário para chegar ao fim do ano com o 13° salário com a redução de gastos supérfluos. “A melhor estratégia ainda é anotar todos os gastos e analisar as despesas pequenas e que vão corroendo a renda, como um café diário, alimentação fora de casa, que são os gastos que podem ser trocados por marmitas. Ou seja, o sacrifício e parcimônia ficam difíceis de subir da cor vermelha para amarelo, e da amarela para a verde. Neste caso será preciso apertar o cinto, porém, é o melhor para manter uma vida financeira equilibrada como a história das vacas gordas e vacas magras”, explica o especialista.

Pagamento à vista 

O economista reforça que o pagamento à vista é uma forma de reduzir substancialmente as contas.

“Por exemplo, um IPTU de R$ 1.000 à vista cai para R$ 800, enquanto que o pagamento em parcelas fica em R$ 1.000, com atraso de alguma parcela, é incluído os juros que faz com que o valor inicial chegue até R$ 1.100 ou mais. Ou seja, terá gasto R$ 200 a mais do que o inicial à vista ou R$ 300 caso haja atraso. Deixando de pagar outras despesas com o valor do desconto”, reforça.

Por fim, Eugênio conclui que ao guardar 8% do salário, as famílias que ganham R$ 1.000 por mês, guardando R$ 80 mensais terão ao final do ano um montante de R$ 960, sem contar com o dinheiro do 13° salário.

Orientações

Anote todas contas;

Faça planejamento;

Usar o 13° salário para contas;

Verifique a possibilidade de pagar à vista;

Marina Romualdo – Jornal O Estado do MS.

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