Dois corações pantaneiros: vida ao pé da Serra do Amolar

Casal do Pantanal
Fotos: Valentin manieri

Casal do Amolar sul-matogrossense mostra hospitalidade, paixão e origens regionais

Por Raul Delvizio

Era quase meio-dia quando a equipe de repórteres do jornal O Estado pisou em terra firme, naquele verde da Serra do Amolar. Para chegar ao endereço, só de barco. Uma viagem de 2 horas, desde a sede do Instituto Agwa, na região do Paraguai-Mirim, subindo o Rio Paraguai em direção a Mato Grosso. Contudo, não foi preciso ir além para descobrir uma grata surpresa. Na reportagem final da série “O Pantanal dos segredos”, a última revelação compartilhada no bioma: de que, ao pé do morro, o amor também nasceu ali.

Casal do Pantanal

Fotos: Valentin Manieri

Dois corações, uma única história – tão pantaneira quanto seus personagens. “Dona Olinfa” e “seu Beto”, 49 anos (32 deles só de casamento), se conheceram bem antes de formar casal e família. Ainda pequenos, eram vizinhos um do outro. Até então amigos. Já na adolescência, despertou a paixão do rapaz pela jovem, e ele fez questão de fazê-la “companheira para a vida toda”, um amor que ambos nutrem até hoje. “Dizem que felicidade é se sentir bem consigo mesmo. A minha, dividir os dias ao lado dele”, admite a esposa fiel.

Na hospedagem construída no comecinho do Amolar, formação rochosa que cruza a fronteira do Brasil com a Bolívia, a fonte de renda é servir bem quem passa por lá. “É um privilégio esse nosso paraíso. Melhor ainda apresentá-lo a quem visita”, descreve Beto.

Casal do Pantanal

Valentin Manieri

Antes da prosa ter continuidade, uma pausa para o almoço. “Aproveitei que vocês vinham para cá e arrumei uns pacu ‘grandão’ pra Olinfa cozinhar.” Beto contou que pegou o barco, seguiu até a Barra de São Lourenço (local onde as águas do afluente se encontram com o Rio Paraguai) e de lá encontrou um pescador na atividade. “Perguntei: ‘o que você tem pra me vender?’”, narra. O resto virou almoço. “Sou pantaneiro, mas a pescaria deixo para os meus colegas”, brincou.

Nas mãos de Olinfa, o peixe fresco foi preparado, frito e servido no banquete acompanhado de salada, arroz, feijão e a tradicional mandioca. De sobremesa, doce de leite e pudim caseiros. Ainda, suco natural à escolha. Vai laranja ou limonada? “Faço tudo com o maior agrado! Tenho o prazer de receber hóspedes, ainda mais os que têm fome”, disse.

Leia o especial completo na página A6 do caderno impresso do Jornal O Estado MS

Para quem ficou com o desejo por conhecer ainda mais sobre as belas paisagens do Pantanal do Payaguás dos Xarayés, pode conferir com exclusividade um vídeo com todas as imagens e o cenário deste bioma que serviu de expedição para a equipe de reportagem do jornal O Estado, em parceria com o Instituto Agwa. Basta aproximar a câmera do seu celular do código localizado acima. A aventura continua…

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