Em Mato Grosso do Sul, partidos e políticos começam articulações para vencer o pleito
A senadora Tereza Cristina (PP), que chegou a ser indicada como possível nome para concorrer à Presidência da República, em 2026, pelo presidente nacional do Progressistas, senador Ciro Nogueira, na última quinta-feira (1º), afirma que a direita está se organizando em todo o Brasil e que as articulações são importantes, para o fortalecimento das legendas para 2024, projetando 2026. Tereza pontua que, em Mato Grosso do Sul, o seu partido começou os projetos e que pelo país há um mesmo movimento. Ela não nega a disputa para a Presidência, caso seja acionada, porém diz que há diversos nomes viáveis, caso o ex-presidente Jair Bolsonaro não queira ou esteja impedido de enfrentar o pleito.
Durante o evento de filiação da prefeita Adriane Lopes, o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira, disse, em coletiva de imprensa, que caso Bolsonaro não concorra, o partido indicará Tereza Cristina. “Nosso primeiro nome de apoio é do presidente Jair Bolsonaro. Caso ele não saia, eu acho, sim, que a Tereza, que é senadora, é a pessoa de confiança dele, foi a melhor ministra do seu governo, a mais competente entre todos os ministros de Bolsonaro, então, não tenho dúvidas de que poderemos, sim, apresentar o nome dela num arco e aliança.”
Nogueira destacou que o partido, atualmente, é um condutor da política, no Congresso Nacional e que as novas filiações de prefeitos e demais políticos do país fazem parte da construção, para 2024 e 2026.
A senadora Tereza Cristina afirma que a discussão do pleito presidencial será daqui a alguns anos e relembrou que a direita possui diversos nomes fortes para concorrer.
Ela não citou, mas o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que também foi ministro, é uma das figuras atuais. Além disso, Tereza não negou disputar, caso seu nome seja indicado. “Sou uma pessoa que temo pé no chão. Gosto de construção, tijolo por tijolo. É claro que ser presidente do Brasil é uma coisa que todo mundo que está na política pode sonhar. Mas eu acho que, nesse momento, nós temos que fortalecer o presidente Bolsonaro. E, se ele não quiser, aí poderemos discutir nomes. “Se o meu estiver incluído, lá na frente, seria uma honra ter o meu cogitado, para ser candidata.”
O presidente nacional do Republicanos, deputado Marcos Pereira, esteve ontem (2), em Campo Grande, onde participou do Encontro Estadual, acompanhou a posse do deputado Antonio Vaz a presidente do diretório regional e do vereador Betinho, para presidente do diretório municipal. Pereira discorreu sobre a meta de crescimento da legenda, no Estado e no Brasil.
Segundo ele, apesar de o Republicanos ser um partidojovem, está organizado e em franco crescimento. Para MS, é cogitada a meta de aumentar 10% a bancada de vereadores. “Temos uma meta estabelecida, após nossa convenção de 24 de abril, de eleger, ao menos, 300 prefeitos pelo Brasil e 3 mil vereadores. Hoje, temos pouco mais de cerca de 200 prefeitos e um pouco mais de 2 mil vereadores.”
O presidente do Republicanos indicou ainda que o governador de São Paulo, Tarcísio Freitas, é figura importante no cenário da direita. “Mais importante do que quantidade é a qualidade. Em MS, vamos crescer em parceria com partidos que já estão aliançados, no Estado. Em São Paulo, lançamos candidatos à prefeitura por 3 vezes e não fomos bem-sucedidos, porém, no ano passado, elegemos o governador Tarcísio. Partido que quer se estabelecer tem que lançar candidaturas majoritárias.”
O presidente do Republicanos, deputado Antonio Vaz, diz que, por ser um partido conservador, da família e que defende a liberdade econômica, o Republicanos vem se fortalecendo com o intuito de dobrar o número de mulheres para as próximas eleições. “Nossa visão é de trabalhar muito, para ter candidatas a vereadoras, prefeitas para as campanhas, para ajudar o nosso Estado e o nosso país.”
Outra liderança da direita, o deputado federal Marcos Pollon, do PL, partido de Bolsonaro, defende que em Mato Grosso do Sul haja união de lideranças. Ele, inclusive, conversou com o ex-deputado Capitão Contar, para iniciar articulações visando 2024 e o convidou para integrar o partido. “Estamos trabalhando para construir uma direita forte e unida, em Mato Grosso do Sul. Que isso possa reverberar em todo o Brasil.”
Espaço a partir de 2024
Para a senadora Tereza Cristina, as articulações partem de construções, a partir de agora, rumo a 2024, projetando para 2026. “Tudo é uma construção. Assim como estamos em MS, arrumando o partido. A gente quer ter prefeitos e vices. Queremos um partido sólido, para uma política de resultados. Eu acredito em partido que tem quadros e não naqueles que tem donos. Precisamos de quadros para oferecer à população”, disse ela, na rádio “Hora”.
A parlamentar está rodando municípios do Estado junto a Marcos Santullo, que ficará como presidente do partido. O Progressistas visa ocupar espaços de poder em Campo Grande. “Partido é partido. Tem que fazer prefeitos, vereadores, deputados e governadores. E podemos ser aliados em alguns lugares, em outros, não.
O PP é o PP. E o PSDB é PSDB. Sou aliada e vou continuar sendo e o PP vai oferecer nomes e vai disputar, sim, onde houver nomes com condições.”
Por Rayani Santa Cruz– Jornal O Estado do MS.
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