Desemprego atinge menor nível para o período em 13 anos, aponta IBGE

Foto: Divulgação
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Rendimento médio, número de trabalhadores com carteira assinada e massa salarial também bateram recorde no período

A taxa de desemprego no Brasil caiu para 6,2% no trimestre encerrado em maio de 2025, atingindo o menor nível já registrado para esse período desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), em 2012. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado representa uma queda significativa em relação aos 6,8% apurados no trimestre anterior, encerrado em fevereiro. Em comparação ao mesmo período de 2024, quando o índice foi de 7,1%, a redução é ainda mais expressiva. De acordo com o IBGE, o patamar atual está “extremamente próximo” do menor índice já registrado, de 6,1%, alcançado no trimestre encerrado em novembro do ano passado.

O número de pessoas desocupadas caiu para 6,8 milhões, o que representa 955 mil brasileiros a menos em busca de emprego do que há um ano. Ao mesmo tempo, o país fechou o trimestre com 103,9 milhões de pessoas ocupadas, crescimento de 1,2% em relação aos três meses anteriores.

Além da retração no desemprego, o levantamento aponta resultados históricos em outros indicadores do mercado de trabalho. O total de trabalhadores com carteira assinada no setor privado chegou a 39,8 milhões, um recorde na série histórica, com alta de 3,7% em comparação ao mesmo trimestre de 2024.

A informalidade, embora ainda elevada, apresentou leve recuo. A taxa ficou em 37,8%, abrangendo 39,3 milhões de trabalhadores sem carteira assinada, empregadores sem CNPJ ou que atuam por conta própria de maneira informal. O índice é inferior ao registrado no trimestre anterior (38,1%) e ao do mesmo período do ano passado (38,6%). A queda foi influenciada pela estabilidade no número de empregados sem carteira (13,7 milhões) e pelo crescimento de 3,7% no grupo de trabalhadores por conta própria com CNPJ, que ganhou 249 mil pessoas no período.

Outro dado positivo é o rendimento médio do trabalhador, que atingiu R$ 3.457, valor recorde na série histórica e 3,1% superior ao registrado há um ano. Com mais gente empregada e salários maiores, a massa de rendimentos – ou seja, a soma dos salários pagos no país – também bateu recorde, chegando a R$ 354,6 bilhões.

O fortalecimento do mercado formal ainda impulsionou o número de contribuintes para institutos de previdência, que também alcançou um novo pico: 68,3 milhões de pessoas. A pesquisa do IBGE considera ocupadas todas as pessoas com 14 anos ou mais que trabalham, seja com carteira assinada, por conta própria ou em regime informal. Só são classificadas como desocupadas aquelas que estão efetivamente procurando trabalho.

 

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