Enfraquecimento de Trad leva Rose a ganhar espaço e se aproximar do MDB
As definições de apoio para a disputa no segundo turno a governo de MS já estão antecipando o quadro de pré-candidatos à prefeitura da Capital daqui a dois anos, passando por compromissos e promessas de apoios para nomes que saíram fortalecidos na eleição de 2022.
O apoio de Rose Modesto (agora sem partido) ao Capitão Contar (PRTB) já é considerado um desses reflexos que poderão ainda ser fortalecidos caso o ex-governador, André Puccinelli (MDB), siga na mesma direção, o que levaria a atual deputada federal a se filiar ao MDB para concorrer à sucessão municipal.
Rose Modesto, que terminou o primeiro turno da disputa estadual em 4º lugar, com 12,42% (178.599 votos), sempre teve como projeto voltar a disputar a prefeitura da Capital, tendo sido impedida em 2020 quando estava no PSDB, cuja direção estadual optou por apoiar a reeleição de Marquinhos Trad (PSD). Esse episódio, inclusive, levou Rose a se afastar do PSDB a ponto de ter se desfiliado, entrando para o União Brasil, partido do qual já anunciou que deverá sair.
Ainda, durante as articulações para a disputa eleitoral deste ano, houve uma aproximação entre Rose Modesto e o ex-governador André Puccinelli, que chegou a colocar à disposição a vaga de candidatas ao Senado ou até mesmo de vice-governadora, o que acabou não se efetivando.
Outros nomes
Mas não é só Rose Modesto que já está articulando com vistas à disputa eleitoral de 2024 na Capital, sendo que o grupo político ligado à prefeita Adriane Lopes (Patri) também trabalha com a possibilidade de concorrer à reeleição.
Mesmo evitando tocar no assunto, já existe toda uma movimentação jurídica e o seu grupo político vai trabalhar como se ela pudesse concorrer. A prefeita já está com uma reforma no secretariado para se livrar dos assessores ligados ao ex-prefeito Marquinhos Trad, que saiu desgastado da disputa eleitoral, onde entrou como um dos favoritos e terminou o primeiro turno em sexto lugar, com menos de 10%.
Nessa reforma do secretariado, Adriane Lopes trabalha com uma aproximação com os vereadores e, a partir daí, influenciar a decisão das direções partidárias, e para isso poderá até mesmo indicar alguns vereadores para ocupar vagas em secretarias que estão sendo desocupadas.
O deputado federal, Beto Pereira (PSDB), é outro nome que nunca escondeu de ninguém que tem planos de ser prefeito de Campo Grande e, como foi reeleito, torce especialmente para o partido continuar no comando do Governo de Mato Grosso do Sul. Beto conquistou 97.872 mil votos, sendo 16.444 somente em Campo Grande, terminando como o sexto mais votado na cidade.
Quanto ao PT, a situação passa pela eleição do ex-presidente Lula, podendo surgir nomes que vão desde a candidata derrotada a governo, Giselle Marques, passando pelo ex-candidato ao Senado, Thiago Botelho, pela deputada federal eleita, Camila Jara, e até pelo ex-governador, Zeca do PT.