O secretário-executivo do Ministério da Infraestrutura, Marcelo Sampaio Cunha Filho, informou aos parlamentares da bancada sul-mato-grossense que a pasta reverá os cortes nas verbas para estudos da Rota Bioceânica. Atualmente parado, o estudo para análise de custo-benefício da rota está na segunda fase, de um total de quatro, e tem custo total de R$ 770 mil.
Para o coordenador da bancada federal de MS, o senador Nelsinho Trad (PSD), o momento é complicado financeiramente para o governo federal, porém o projeto traz um impacto muito positivo para a economia nacional.
Já o deputado federal Dr. Luiz Ovando (PSL) destacou a possibilidade de mercados a serem conquistados por MS mundo afora. Também presente no encontro, a senadora Soraya Thronicke (PSL) completou que a abertura econômica terá reflexos positivos para a economia de todo o país.
No início da reunião, o secretário-executivo Marcelo Sampaio exibiu uma apresentação elencando os investimentos que o Ministério pretende fazer no estado, como as obras da hidrovia do rio Paraguai, BR-419/MS entre Rio Verde de Mato Grosso e Aquidauana, e a BR-267/MS, no trecho que engloba os acessos para a ponte que ligará Porto Murtinho a Carmelo Peralta no Paraguai e que efetivará a Rota Bioceânica. No entanto, destacou que pretende contar com as emendas parlamentares da ordem de R$ 1 milhão para a efetivação das obras.
A rota bioceânica diminui em 14 dias o trajeto até a Ásia, continente onde estão localizados os principais compradores de commodities brasileiras. A senadora Simone Tebet (MDB) disse que MS não pode receber tratamento diferente de outros Estados neste momento decisivo para a melhoria da logística de escoamento de produção. Após o pronunciamento dos parlamentares, o secretário-executivo disse que irá “revisar a questão do cancelamento do estudo” e que a rota Bioceânica será contemplada. (Texto: Renata Fontoura com Assessoria)