O Instituto Ranking Brasil divulgou ontem (13) a sua primeira pesquisa relacionada à corrida presidencial nas eleições de outubro. O resultado mostra que o candidato petista, Luiz Inácio Lula da Silva, lidera em todos os cenários em que está inserido, tanto na espontânea quanto nas estimuladas.
Na pesquisa espontânea, Lula (PT) aparece com 27,10% das intenções, seguido pelo atual Presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), com 22,20%. Os demais candidatos aparecem muito distantes na pontuação: o ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro (Podemos) é o terceiro, com 3%; Ciro Gomes (PDT) tem 2,50%; o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), conta com 1,50% dos votos; a sul-mato-grossense Simone Tebet (MDB) tem 1%; o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), possível candidato pelo PSD de Giberto Kassab, surge com 1%; o deputado federal André Janones (Avante) tem 0,30% e o senador Alessandro Vieira (sem partido) termina a lista com 0,20%. Outros candidatos somaram 1%. Brancos, nulos e indecisos foram 19,20%, enquanto os que não souberam ou preferiram não opinar totalizaram 21%.
Na pesquisas estimuladas, a sequência dos candidatos permanece a mesma, com aumento proporcional nas porcentagens para todos eles. Caso os números obtidos retratem o cenário para as eleições, Lula e Bolsonaro iriam para o segundo turno. E em uma eventual disputa entre os dois, o vencedor seria o petista. De acordo com o instituto, Lula teria 45% dos votos, enquanto Bolsonaro receberia 38,30%.
Um fator importante que pode alterar esses números nos próximos meses será a maneira como os principais candidatos vão lidar com seus altos índices de rejeição. Enquanto Lula enfrenta um forte movimento antipetista que surgiu em meio a escândalos de corrupção envolvendo o partido e culminou no impeachment da ex-presidenta Dilma Roussef, em 2016, o atual chefe do Executivo nacional tem contra si a gestão problemática da pandemia de COVID-19 no Brasil, que já vitimou mais de 655 mil pessoas, e uma grave crise econômica que tem afetado principalmente a classe mais pobre do país.
Segundo o Instituto Ranking Brasil, Bolsonaro é quem tem a maior rejeição, com 28,20%. Lula é o segundo, com 23,10%. Em terceiro está João Doria, que foi responsável por rachar a cúpula de seu partido com disputas internas e não tem boa aprovação por parte dos paulistas quanto à sua gestão no governo do estado. O tucano aparece com 12,40% entre os mais rejeitados.
Além da opção de voto, a pesquisa analisou outros aspectos dos entrevistados, como nível de escolaridade, religião, posição político-ideológica e a opinião sobre quais seriam os maiores problemas enfrentados pelo Brasil. Para 20,30% das pessoas, a falta de emprego e renda é a primeira adversidade a ser enfrentada pelo próximo presidente. Já o preço dos combustíveis – que sofreu novo reajuste da Petrobras no dia 10 – é o que mais atrapalha no orçamento atualmente para 17,10% dos que responderam o instituto, enquanto 15,40% deles reclamaram dos impostos elevados.
A pesquisa do Instituto Ranking Brasil foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o código BR-04724/2022. Foram entrevistadas por telefone 3.000 pessoas em 164 municípios de todos os 26 estados e no Distrito Federal, entre os dias 7 e 12 de março. O nível de confiança estimado foi de 95%, com margem de erro de 1.8 ponto percentual, para mais ou para menos.