Corpus Christi muda para a Afonso Pena; confecção do tapete começa às 7h

Tapete de Corpus Christi na 14 de julho antes da reforma.
Foto: Beatriz Feldens
Tapete de Corpus Christi na 14 de julho antes da reforma. Foto: Beatriz Feldens

A celebração de Corpus Christi acontece amanhã (16) e traz mudanças no trajeto. Este ano o tradicional tapete feito pelas paróquias será montado Av. Afonso Pena. O trabalho terá início às 7h na Praça do Rádio (Av. Afonso Pena), e seguirá para a Rua 14 de julho, e será finalizado na Av. Fernando Corrêa da Costa, com a montagem do palco para a bênção com o Santíssimo Sacramento. A Santa Missa campal será celebrada pelo Arcebispo Dom Dimas Lara Barbosa, às 15h, na Praça do Rádio Clube. É esperado um público de 20 a 30 mil fiéis na comemoração.

Segundo o coordenador de Pastoral da Arquidiocese de Campo Grande, Pe. Vander Casemiro, disse que a mudança é por questões de segurança e mobilidade dos fiés.

“Com a revitalização da 14 de julho, foram colocados alguns obstáculos que não facilitam o acesso das pessoas, e pelo número de fiéis que estamos esperando, itens como o paisagismo, bicicletários etc, acabaram dificultando o acesso, principalmente para idosos e crianças. Com essa preocupação, achamos melhor mudar o início da procissão, e acessar apenas uma parte da 14, que é a parte de baixo da Afonso Pena. A ideia é manter a tradição da 14 julho, para não perder esse vínculo.”, explicou.

Serão 1,3 mil metros de tapete com desenhos e símbolos que remetem às devoções populares, à Jornada Mundial da Juventude, ao SAV (Serviço de Animação Vocacional), à OVS (Obra das Vocações Sacerdotais) e à Campanha da Fraternidade, que este ano trouxe o tema”Fraternidade e Educação: fala com sabedoria, ensina com amor”.

O Pároco do Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Pe. Reginaldo Padilha, falou sobre a unidade das pessoas neste momento especial, e disse que a celebração é muito única e bonita.

“Os desenhos foram preparados com muito carinho, há semanas nossas comunidades estão se preparando para que amanhã possamos tomar as ruas, preparar o tapete e esperar a missa. Corpus Christi é a celebração da Eucaristia por excelência, é a celebração do amor e de Jesus Cristo que convive na sua comunidade e também está presente no meio do povo por meio do Sacramento da Eucaristia, que é o mais puro sentimento de amor. A data é a única vez que Jesus sai do tabernáculo, sai do sacrário, e toma as ruas da nossa cidade. Todos estão convidados a participar, todos serão muito bem vindos”, explicou o pároco.

A Perpétuo Socorro terá 26 metros, entre as ruas Pedro Celestino e  Rui Barbosa. “Nós fizemos vários desenhos, sendo o de entrada uma homenagem aos 100 anos da novena, e o último aos 80 anos do Santuário. Também teremos desenhos da Campanha da Fraternidade, da Eucaristia, e da nossa vida pastoral em si”, concluiu o padre.

Programação

Quem quiser ajudar na montagem do tapete, é só chegar, pegar um dos materiais disponíveis e “colocar a mão na massa”. Às 15h, será celebrada a ‘Santa Missa’ campal, na Praça do Rádio. O encerramento da festa será na Av. Fernando Corrêa, com uma apresentação musical da Comunidade Católica Colo de Deus, às 19h.

Corpus Christi

A Solenidade em honra ao Corpo do Senhor – “Corpus Chisti” –, que hoje celebramos na quinta-feira após a oitava de Pentecostes, mais precisamente depois da festa da Santíssima Trindade, foi oficializada em 1264 pelo Papa Urbano IV.

De acordo com os registros da Igreja, Santa Juliana de Cornillon, em 1258, teria tido uma revelação onde teria recebido de Jesus o pedido para que fosse introduzida, no Calendário Litúrgico, a Festa de Corpus Domini.

Santa Juliana nasceu, em 1191, nos arredores de Liège, na Bélgica. Essa localidade é importante, e, naquele tempo, era conhecida como “cenáculo eucarístico”. Nessa cidade, havia grupos femininos dedicados ao culto eucarístico e à comunhão fervorosa. Tendo ficado órfã aos cinco anos de idade, Juliana, com a irmã Inês, foram confiadas aos cuidados das monjas agostinianas do convento-leprosário de Mont Cornillon. Mais tarde, ela também virou uma monja agostiniana.

Com a idade de 16 anos, teve a primeira visão. Via a lua no seu mais completo esplendor, com uma faixa escura que a atravessava diametralmente. Compreendeu que a lua simbolizava a vida da Igreja na Terra, a linha opaca representava a ausência de uma festa litúrgica, em que os fiéis pudessem adorar a Eucaristia para aumentar a fé, prosperar na prática das virtudes e reparar as ofensas ao Santíssimo Sacramento.

Durante cerca de 20 anos, Juliana, que entretanto se tinha tornado priora do convento, manteve segredo dessa revelação. Depois, confiou o segredo a outras duas adoradoras da Eucaristia: Eva e Isabel. Juliana comunicou essa imagem também a Dom Roberto de Thorete, bispo de Liége. Mais tarde, a Jacques Pantaleón, que, no futuro, se tornou o Papa Urbano IV. Quiseram envolver também um sacerdote muito estimado, João de Lausanne, pedindo-lhe que interpelasse teólogos e eclesiásticos sobre aquilo que elas estimavam.

Foi precisamente o Bispo de Liége, Dom Roberto de Thourotte, que, após hesitações iniciais, aceitou a proposta de Juliana e das suas companheiras, e instituiu, pela primeira vez, a solenidade do Corpus Christi na diocese, precisamente na paróquia de Sainte Martin. Mais tarde, também outros bispos o imitaram, e foi estabelecido a mesma festa nos territórios confiados aos seus cuidados pastorais. Depois, tornou-se festa nacional da Bélgica até ganhar o mundo.

Com informações do jornalista Marcelo Rezende e da Canção Nova

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