Reivindicação é dos aposentados e pensionistas que tentam retirar a contribuição dos proventos
Com a presença do secretário da Casa Civil, Eduardo Rocha, deputados e representantes dos aposentados do Governo do Estado começaram a discutir a pauta de reivindicação dos servidores que pedem, principalmente o fim do desconto de 14% cobrado na folha de pagamento.
Os deputados estaduais e representantes do Governo do Estado estiveram reunidos na manhã desta terça-feira (12), no Plenarinho Deputado Nelito Câmara, para intermediar reivindicação dos aposentados e pensionistas. A cobrança está sendo feita desde 2021, como contribuição para reduzir o déficit da Previdência Estadual.
A comissão composta pela Assembleia Legislativa tem como membros os deputados Pedro Kemp (PT), Pedrossian Neto (PSD) e Caravina (PSDB) e representantes da Ageprev (Agência de Previdência Social de Mato Grosso do Sul), Casa Civil, Segov (Secretaria de Estado de Governo e Gestão Estratégica e SAD (Secretaria de Estado de Administração e Desburocratização).
“Foi apresentado um balanço atual do sistema previdenciário e agora vamos partir para a solução. A comissão [de deputados e representantes dos servidores e do governo, criada para intermediar as reivindicações dos servidores junto ao Executivo] vai se reunir novamente para colocar as propostas na mesa de negociação. Reconhecemos a responsabilidade do governo sobre o assunto e estamos cobrando celeridade”, disse o presidente da Casa de Leis, deputado Gerson Claro (PP).
“A comissão de deputados e representantes dos servidores e do governo, criada para intermediar as reivindicações dos servidores junto ao Executivo”, afirma Gerson Claro. Durante o início da sessão plenária de hoje, o deputado Kemp reiterou que a Casa de Leis não está medindo esforços para auxiliar os servidores. “Estamos todos empenhados nessa causa e vamos apresentar também uma proposta”, disse.
Aposentados e pensionistas
Aproximadamente 80 aposentados acompanharam a reunião, eles fazem parte do Movimento dos Aposentados, que desde o fim do ano passado reivindica que o governo pare de cobrar os 14% dos aposentados. Segundo eles, essa é uma promessa de campanha de Eduardo Riedel (PSDB), que até agora não foi cumprida. Além disso, eles consideram que existam outras formas de ajustar as contas do governo, que não seja, “sacrificando os aposentados”, que já contribuíram a vida toda com a previdência.
“O grito de socorro dos aposentados é grande para que o governo se sensibilize. E como eles dizem que ele é eficiente, é competente, eficaz e quer fazer bem-feito. Começa agindo bem-feito com as vidas que ele tem debaixo da sua mão, né? Que são os aposentados hoje”, disse Dionízio Gomes Avalhaes.
Os aposentados acreditam que falta “vontade política” para resolver a questão e avaliam que o presidente do Ageprev, demonstrou apenas uma previdência falida como justificativa para cobrança dos 14%. Enquanto, numa simples consulta ao site do órgão é possível verificar o montante exorbitante de despesas realizadas com o dinheiro arrecadado dos aposentados. “O que nós vimos foi uma estratégia de traçar um cenário de tragédia, de caos. Nas próximas reuniões, eles devem apresentar cinco propostas que já foram discutidas, com cinco caminhos diferentes, nenhum bom para os aposentados”, destacou Dionízio.
Proposta dos deputados
A esperança, segundo ele, é a proposta que deve ser apresentada pelos deputados. “Por outro lado, a assembleia também, através do Pedro Kemp (PT), disse que é aquela casa vai tentar apresentar uma proposta diferente. Pra que seja construída uma saída política em que atenda, digamos, os aposentados realmente, não seja só uma proposta ‘para inglês ver’, e que também não sobrecarregue o Estado”, finalizou.
Por Laureano Secundo
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