Gastos com verbas extras estão no Portal da Transparência
Lídio Lopes gastou durante o ano de 2023, mais de 115 mil de combustível, mais de R$ 145 mil em publicidade e quase R$ 15 mil com os Correios. Os dados estão publicados no Portal da Transparência da Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul). No ano passado (2023), ele utilizou de verba indenizatória (Ceap), quatrocentos e setenta e cinco mil, setecentos e onze reais e vinte e dois centavos. (R$475.711,22). Somente em janeiro, mês que não estão trabalhando, o deputado gastou mais de R$ 6 mil reais, apenas com o Correio.
Podemos concluir só com esses cálculos, que os jovens deveriam olhar com mais atenção para essa “profissão”, que deveria estar no rol das áreas mais promissoras para se trabalhar. Além de ter o emprego “dos sonhos”, esse jovem poderia contribuir para desenvolver mais nosso Estado, ao mesmo tempo que, poderia melhorar as condições de vida da maioria da população, que infelizmente, vive mesmo ou sobrevive é do salário mínimo. Levando-se em consideração que um deputado estadual recebe mais de R$ 31 mil, precisos R$ 31.238,19 (Bruto), essas despesas representam um acréscimo de superior ao total dos vencimentos do parlamentar.
A situação torna-se ainda mais complicada a medida em que o parlamentar é dos que menos comparece às sessões ordinárias e quando vai permanece por poucos minutos.
Imoral
O cientista político Tércio Waldir de Albuquerque, explica que em razão da função parlamentar, essas verbas podem chegar até 50% a mais no subsídio. “A verba de gabinete que é sempre o maior problema. Ela se destina às contratações e despesas realizadas pelos deputados, nos próprios gabinetes, quando na verdade a própria estrutura da Alems já oferece, não só os servidores, nas nomeações, mesmo em cargo de comissão, como também banca todas as despesas internas. Mas, existe essa verba destinada a cobrir despesas que os deputados venham a realizar para o exercício do mandato. Existem muitos ‘penduricalhos’ que são adicionados que não se esclarece muito sobre qual é a função deles destacou o cientistas.
Tercio destaca que as verbas não são ilegais, mas podem ser consideradas imorais. “Não é ilegal mas é, no mínimo, imoral, antiético e inoportuno, diante das dificuldades que a maioria da população vive”, ponderou. Entre esses gastos, podemos citar verbas para vestimenta adequada, o gasto com combustíveis, que é previsto, alguns se utilizam de servidores como motoristas particulares, tudo isso é além do valor do subsídio, que hoje está na casa dos R$ 31.238,19, tem todos esses outros valores que são pagos, obviamente, tudo às custas do eleitor, dos contribuintes de MS”, finalizou o cientista.
Confira mais notícias na edição impressa do Jornal O Estado do MS.
Acesse as redes sociais do O Estado Online no Facebook e Instagram