Com produção recorde, fábrica de celulose muda cenário econômico de Ribas

Fábrica de celulose da Suzano, instalada em Ribas do Rio Pardo, em Mato Grosso do Su - Foto: Marcos Maluf
Fábrica de celulose da Suzano, instalada em Ribas do Rio Pardo, em Mato Grosso do Su - Foto: Marcos Maluf

Cidade vive transformação, após instalação da maior unidade de celulose mundial

 

Em menos de um ano, a nova fábrica da Suzano em Ribas do Rio Pardo, interior de Mato Grosso do Sul, já começou a redefinir o perfil econômico do município. No último sábado (7), a unidade alcançou a marca de 2 milhões de toneladas de celulose produzidas, um marco industrial, mas, sobretudo, um símbolo das transformações sociais que têm impactado diretamente a população local desde o início das operações, em julho de 2024.

Com R$ 22,2 bilhões investidos, o projeto é o maior da história da Suzano e um dos maiores já realizados no setor de base florestal no Brasil. A chegada da indústria alterou a dinâmica da cidade, até então voltada à pecuária e à agricultura familiar. O crescimento acelerado da produção e a geração de empregos — cerca de 3 mil postos diretos nas operações industriais e florestais — provocaram um aquecimento inédito no comércio local, aumentaram a arrecadação municipal e impulsionaram a criação de novos empreendimentos.

“A nova fábrica tem superado desafios em escala, eficiência e competitividade. Esses avanços são resultado do esforço conjunto das equipes, com foco técnico, integração e responsabilidade socioambiental”, afirma Leonardo Mendonça Pimenta, diretor de Operações Industriais da unidade.

Desde a construção da planta, a empresa passou a investir em qualificação profissional de moradores, em parceria com instituições de ensino e organizações sociais. Muitos dos trabalhadores hoje empregados na unidade foram formados nesses cursos, com foco na valorização da mão de obra local — fator considerado essencial para garantir a integração entre o projeto industrial e a comunidade.

Apesar dos ganhos econômicos, a expansão acelerada também trouxe desafios. O município, que tinha pouco mais de 20 mil habitantes em 2020, passou a registrar aumento na demanda por moradias, infraestrutura urbana, saúde e educação. A Suzano afirma manter diálogo com o poder público para mitigar os impactos do crescimento repentino.

“O resultado reflete a eficiência no processo de partida e estabilização da fábrica, além do comprometimento de todos os envolvidos. Mais do que números, mostra a importância do trabalho conjunto e do foco em sustentabilidade, com impacto positivo para o mercado e a comunidade”, acrescenta Claudio Nunes Aguiar, gerente executivo de Produção.

A unidade de Ribas do Rio Pardo é atualmente a maior do mundo em linha única de produção de celulose de eucalipto, com capacidade para 2,55 milhões de toneladas por ano. Com o desempenho da nova planta, a Suzano elevou sua capacidade total de 10,9 para 13,44 milhões de toneladas anuais. Grande parte da produção é destinada à exportação, escoada por modais rodoviário e ferroviário até o Porto de Santos (SP).

 

Por Djeneffer Cordoba

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