Com novas ameças, escolas e alunos relatam medo por novo massacre

matrículas alunos aula
Foto: PMCG/Divulgação

Após o atentado ocorrido em uma creche de Blumenau (SC), em que quatro crianças foram vitimadas, no ambiente escolar, Mato Grosso do Sul também entrou no radar das ocorrências e a sensação de insegurança e medo estão fazendo com que, desde então, várias unidades tenham emitido alertas, nas redes sociais. 

Conforme comunicado emitido pela escola Atual, as medidas de segurança já estão sendo reforçadas, para evitar que qualquer tipo de ameaça ou agressão ocorram. Mesmo assim, a unidade de ensino não nega o momento de receio vivenciado após o ataque, em Santa Catarina. “Gostaria de compartilhar com vocês nossa preocupação com a segurança de seus filhos dentro da escola, especialmente após o recente incidente, em Blumenau. Estamos cientes de que a segurança é uma prioridade para vocês, assim como para nós. Quero assegurá-los de que estamos tomando medidas para garantir a segurança de todos os nossos alunos e funcionários. Nesta semana, o Sinep (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino de MS) terá encontro com o comandante da Companhia Especializada da Polícia Escolar da Capital, para discutir como podemos melhorar a segurança nas instituições de ensino”, informou a unidade, em comunicado oficial. 

As redes sociais também se tornaram palco para reclamações de alunos da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). Em diferentes páginas, eles solicitam um posicionamento da unidade, após terem identificado o desenho de uma suástica em um dos banheiros, além de supostas ameaças que estão sendo realizadas, com frequência. 

“Tô aqui pra cobrar um posicionamento da UFMS, referente às ameaças de atentado, que não estão acontecendo só na instituição. Pode ser só uma brincadeira de mal gosto, mas eu temo pela minha vida e pela vida dos que amo”, relatou um dos alunos. 

Vale relembrar que, na semana passada, o jornal O Estado já tinha adiantado que a segurança estava sendo ampliada e até mesmo novas medidas de controle estavam sendo desenvolvidas, em escolas de Campo Grande e do interior do Estado. Exemplo disso foi o IFMS (Instituto Federal) de Coxim, que emitiu uma nota, reforçando quais medidas legais teriam sido adotadas pelo Instituto. “A primeira medida adotada pelo campus foi o afastamento preventivo de tais estudantes da rotina escolar, que passaram a cumprir atividades letivas em regime de exercício domiciliar. A próxima ação institucional será a instauração de Comissão Disciplinar Discente, concomitantemente à investigação que já está sendo realizada, no âmbito da Polícia Civil”, diz a nota.

Na rede particular de ensino, a direção do colégio Funlec, unidade Raul Sans de Matos, disse que uma reunião foi agendada com toda a diretoria da fundação Lowtons de Educação e Cultura. Além disso, a unidade comunicou aos pais ou responsáveis que, para a segurança de todos, o portão de entrada da educação infantil permanecerá fechado. Será aberto somente com a presença dos responsáveis, dentro do horário programado. 

Situação semelhante foi adotada no colégio Vida Feliz. “Informamos que estamos reforçando, com nossa equipe, os procedimentos de entrada e saída. Também estamos em processo de contratação de um segurança para a área externa, a fim de inibir a aproximação e acesso de estranhos nas áreas internas”, disse comunicado enviado aos pais.

PC cumpre mandado de busca e apreensão em Rio Verde

A Delegacia de Polícia Civil de Rio Verde tomou ciência, por meio de divulgação de informações, em compartilhamento de redes sociais e imprensa local, sobre um perfil, nas redes sociais, que conclamaria um ataque em determinada escola do município, no dia 10 de abril, pela manhã e à tarde. De posse dessas informações, de imediato, foram tomadas providências legais pertinentes ao caso. 

Assim que foi autorizado pelo poder Judiciário, a Polícia Civil deu cumprimento ao mandado, no domingo (9) e apreendeu um aparelho de celular utilizado pelo adolescente, além de levar o suspeito para a delegacia, onde ele foi ouvido, na presença de sua mãe e confirmou que criou o perfil, fez a convocação, obteve vários seguidores, mas não soube precisar o motivo pelo qual resolver praticar tal ação. 

Os pais ficaram estarrecidos com a notícia, após o filho confirmar que teria feito as postagens. Será divulgado, na imprensa local, o trabalho que foi feito, no sentido de proporcionar à população tranquilidade em relação a essa temática, tanto em voga em nosso país, por conta dos acontecimentos recentes em Santa Catarina e São Paulo.

Por  Suelen Morales – Jornal O Estado de Mato Grosso do Sul

Confira mais notícias na edição impressa do Jornal O Estado do MS.

 

Acesse as redes sociais do O Estado Online no Facebook Instagram.

Ataques e ameaças no âmbito escolar acendem alerta das autoridades por novas medidas

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *