Com Nelsinho e Vander na futura disputa pelo Senado, cargos ao PSD de MS devem minguar

Imagem: Reprodução/Agência Senado
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Até o momento, apenas o ex-deputado Fábio Trad conseguiu estar em órgão do governo federal

Com o coordenador da bancada, deputado Vander Loubet (PT), de olho em disputar vaga ao Senado, em 2026, o senador Nelsinho Trad (PSD), buscando a reeleição e cada vez mais “colado” no bolsonarismo, as chances do PSD de Mato Grosso do Sul obter mais cargos federais é cada vez menor.

O ex-deputado Fábio Trad, irmão de Nelsinho, conseguiu lugar no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como controlador-auditor da Embratur (Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo) em fevereiro, mas, agora, o partido tende a ficar de fora de outras tratativas.

A situação do PSD não está de vento em popa, nem em nível nacional, já que em 14 de março um grupo de senadores do partido chegaram a se reunir com ministros do governo Lula para reclamarem da demora em chamamentos do partido para cargos federais. Nelsinho Trad apoiou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), nas eleições passadas e ainda não votou no senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para presidente do Senado, a fim de agradar o eleitorado do Estado.

Ao que tudo indica, a questão das não indicações do PSD de MS para cargos federais nem seria tanto pela futura disputa em MS, e sim pelos acordos, em nível nacional. O senador foi indagado, via WhatsApp, se estaria tentando articular algum nome do partido e deu uma resposta curta: “Quem está à frente dessas tratativas é o deputado Vander, coordenador da bancada”, disse o presidente do PSD-MS. Ao jornal O Estado, o deputado confirmou que almeja concorrer ao Senado, em 2026 e para isso terá de ter aval do
grupo político. “Ninguém pode ser candidato de si próprio. Candidatura é uma construção
coletiva. Eu tenho essa intenção e vou trabalhar por isso, mas só o tempo e meus núcleos de apoio vão dizer se o caminho é uma vaga para o Senado. Sinto que, como deputado, já cumpri meu ciclo, já são seis mandatos consecutivos, por isso estou interessado em alçar novos voos.”

cSobre os cargos federais O deputado Vander Loubet foi questionado também sobre os cargos federais, e se, como coordenador de bancada e líder do PT, vem fazendo mais indicações. Ele deu sinal positivo e afirmou que isso está sendo feito pelo conjunto do PT (bancadas estadual e federal e dirigentes), que indicou nomes para vários cargos federais em Mato Grosso do Sul. O petista indicou também que esse processo está sendo conduzido pelo ministro Padilha, das Relações Institucionais da Presidência, baseado nas articulações que existem entre o governo federal e o Congresso Nacional, para a construção de uma base de apoio ao presidente Lula.

Ainda segundo ele, a ex- -deputada Rose Modesto foi indicada para vaga de coordenadora do Sudeco, pelo União Brasil. “Apesar de a gente ter sido colega de bancada, a Rose não é uma indicação minha, ela é uma indicação do União Brasil, que faz parte desse processo, que está em andamento para a construção de uma base de apoio ao presidente Lula, no Congresso, principalmente na Câmara. O que acontece é que fui consultado a respeito e, por conta da minha relação boa com ela, expliquei ao pessoal do governo que não tem, da nossa parte, nenhum impeditivo, é uma pessoa com quem a gente vai poder dialogar, para atender aos interesses de Mato Grosso do Sul”

Ainda sobre o assunto, o deputado esclareceu que deve indicar um nome por meio de articulação do deputado federal Dagoberto Nogueira. “Vamos buscar construir um espaço para essa indicação, o Dagoberto é um deputado importante para a base do governo Lula, é uma pessoa com histórico de apoio às causas sociais e progressistas.”

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