Do montante de 24 mil doses, só 3 mil foram aplicadas no público de 73 mil crianças
Nesta segunda-feira (11) completa um mês que a imunização contra a dengue iniciou em Campo Grande. Conforme noticiado anteriormente, no dia 11 de fevereiro, o município recebeu 24.639 doses da vacina contra a doença enviadas pelo Ministério da Saúde, aplicadas, inicialmente, em crianças de 10 a 11 anos em duas unidades de saúde de regiões com alta incidência da doença – USF Noroeste Anhanduizinho e UBS Dona Neta. Posteriormente e visando facilitar o acesso ao imunizante nos bairros de maior incidência da doença, mais de 60 unidades iniciaram a imunização contra a dengue. Aproximadamente 211 doses são aplicadas por dia, faltam, contudo, 67,153 ainda crianças para vacinar.
Conforme dados da secretaria municipal de Saúde, há aproximadamente 73.500 crianças e adolescentes nesta faixaetária em Campo Grande. Na última semana de fevereiro, a Capital alcançou mais de três mil crianças de 10 a 11 anos vacinadas contra a dengue. Desde o primeiro dia da vacinação até sexta-feira (8), o total de doses aplicadas é de 6.347; portanto, aproximadamente, 211 doses são aplicadas por dia, revelando o faltante de 67,153 crianças para vacinar.
Segundo a secretária municipal de Saúde, Rosana Leite de Melo, é importante que a população mantenha as vacinas em dia, sobretudo as crianças. “Pedimos para que os pais e responsáveis aproveitem a oportunidade para levar os pequenos para se vacinar. A vacina é a arma mais eficaz que nós temos contra as doenças”, diz
No entanto, a preocupação com a baixa adesão não é restrita para Campo Grande, de um total de 1,2 milhão de doses distribuídas pelo governo federal para 521 municípios, apenas 250 mil vacinas contra a dengue foram aplicadas até o momento, conforme o Ministério da Saúde.
Índice de casos
Em Mato Grosso do Sul, Campo Grande é a cidade que apresenta o menor índice entre os 79 municípios. Na Capital, de 1 de janeiro a 6 de fevereiro deste ano, foram notificados 816 casos de dengue em Campo Grande. O mais recente LIRAa (Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti) realizado em janeiro detectou três bairros com risco de infestação do mosquito, outros 42 em situação de alerta e 28 a situação é considerada satisfatória.
Para além das regiões com maior incidência de casos da doença, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) ampliou posteriormente os locais de imunização, chegando a mais de 60 unidades espalhadas pelas sete regiões urbanas e distritos. Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, Veruska Lahdo, ampliar a cobertura vacinal é uma estratégia importante para alcançar a expectativa de vacinar ao menos 90% do público, estimado em 28 mil crianças nesta faixa-etária – previsto para esta primeira etapa.
“Ao tornar a vacinação parte da rotina das pessoas, sem que elas precisem alterar significativamente seus hábitos diários, aumenta-se a adesão ao calendário vacinal, contribuindo significativamente para a saúde pública e a equidade no acesso à vacinação”, explica
Por Ana Cavalcante
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