Com baixa adesão, termina hoje a Campanha Nacional de Multivacinação Infantil em MS

Imagem: Reprodução/Agência Brasil
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Mesmo com o prazo estendido por duas vezes, a Campanha Nacional de Multivacinação chega ao fim hoje (30), tendo alcançado apenas 55,7% da cobertura vacinal em crianças de Mato Grosso do Sul. O número é preocupante já que está muito abaixo da meta preconizada pelo Ministério da Saúde, que é de 95% do público infantil.

Conforme já noticiado pelo jornal O Estado, na edição do dia 16 de setembro, a SES (Secretaria de Estado de Saúde) informou que apenas 42,20% da população estava vacinada contra poliomielite no Estado. Em duas semanas, o número pouco subiu em 13,5%.

Mesmo assim, a SES afirmou que busca incentivar os pais a atualizarem a caderneta de vacinação de seus filhos indo até uma unidade de saúde para a imunização. Ressaltando que a vacina da pólio previne contra a paralisia infantil, uma doença que está erradicada em nosso país. Ainda segundo a secretaria, cada sala de vacinação deve receber o aporte de R$ 5 mil para se manter aberta fora dos horários de funcionamento, e pede para que a população de cada município se atente ao seu calendário para que levem as crianças e os adolescentes para se vacinarem.

Na Capital a adesão da campanha foi ainda pior, até ontem (29) cerca de 21% do público-alvo da campanha contra poliomielite, que são crianças entre 1 e 4 anos de idade, havia recebido o reforço vacinal. Para a imunização completa da criança, são aplicadas três doses injetáveis, aos 2, 4 e 6 meses de idade, e mais duas via oral, aos 2 e 4 anos, contudo, esta campanha visa aplicar um reforço extra neste público de 57.428 crianças em Campo Grande, sendo a vacina ministrada indiscriminadamente, tendo como única exceção quem recebeu o imunizante há menos de 30 dias.

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) ressaltou que continuará com as ações itinerantes, que já fazem parte do planejamento municipal, para ampliar a cobertura vacinal, seguindo com os atendimentos em todas as unidades de saúde da Capital de segunda a sexta-feira, e com plantão aos sábados nas unidades referenciadas, que são as UBSs (Unidades Básicas de Saúde) 26 de Agosto, Dona Neta e Moreninhas.

“Reforçamos que a adesão à campanha foi muito aquém do esperado, uma vez que a cobertura preconizada pelo Ministério da Saúde é de 95%, e está prevista para se encerrar no próximo dia 30 de setembro”, lamentou a Sesau.

A coordenadora estadual de Vigilância Epidemiológica da SES, Ana Paula Rezende de Oliveira Goldfinger, ressaltou a importância da multivacinação contra a poliomelite para crianças de até 1 a 4 anos, 11 meses e 29 dias, e as demais vacinas para as crianças e os adolescentes de 2 meses a 15 anos de idade.

“Nossa campanha se encerra hoje e nós tivemos uma campanha com baixa procura. Nossa meta era de 95% e nós não atingimos nem 70% até o momento. Ainda há tempo para buscarem a unidade de saúde mais próxima. Atualizem tanto a carteira vacinal da criança e do adolescente com a multivacinação. Nós sabemos que nós estamos em risco de reintrodução de diversas doenças como sarampo e de poliomielite, por isso pais e responsáveis cuidem dessas crianças”, alertou a coordenadora epidemiológica.

Imunização continuará na fronteira de MS 

O Ministério da Saúde recomendou o fortalecimento da vacinação nos municípios de fronteira. Em Mato Grosso do Sul sete cidades farão parte do calendário nacional. A primeira cidade a receber as vacinas dessa campanha é Corumbá, entre os dias 13 e 22 de outubro, cidade que faz divisa com a Bolívia. Na sequência, são as cidades vizinhas do Paraguai: Porto Murtinho, Bela Vista, Ponta Porã, Coronel Sapucaia, Paranhos e Mundo Novo, que iniciam a vacinação no dia 19 de novembro com a data final no dia 28 do mesmo mês.

A estratégia de intensificação vacinal nas áreas de fronteira segue até o dia 16 de dezembro, conforme o cronograma, com o objetivo de melhorar os índices de cobertura vacinal nessas localidades e, com isso, evitar novos casos e a reintrodução de doenças imunopreveníveis no território nacional. Os países e os municípios que fazem fronteira com o Brasil devem imunizar a população com as vacinas contra poliomielite e multivacinação, que incluem a Tríplice Viral, contra COVID-19, febre amarela, Pentavalente e Pneumocócica-10.

Por Suelen Morales – Jornal O Estado do MS.

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