Com alta adesão, manifestação em frente do CMO completa um mês

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Foto: Produtora Digital Eventos MS

Dezembro deve ser marcado por protestos e reforço de população do interior de MS

Os manifestantes completam, nesta quinta-feira (1º), um mês acampados na frente do CMO (Comando Militar Oeste) em Campo Grande. Depois do dia 30 de outubro, data em que aconteceu o segundo turno do pleito pela Presidência, cerca de 500 mil pessoas já passaram pela mobilização que acontece na Avenida Duque de Caxias. Ainda em busca de respostas e, principalmente, do posicionamento das Forças Armadas, os protestantes destacam que, para o mês de dezembro, novos atos devem ser realizados na Capital.

Para o jornal O Estado, um dos participantes da mobilização contou que, desde os primeiros dias, a adesão de eleitores insatisfeitos com o resultado das urnas foi crescente. Desde o dia 31 de outubro, barracas, carros e tendas estão servindo de abrigo para os manifestantes que nem mesmo com os dias de chuva e de calor intenso deixaram de protestar em frente do CMO.

“Não temos esta quantidade, mais tirando por base que no dia 2 de novembro e no dia 15 de novembro foram mais de 220 mil pessoas, acredito de mais de 500 mil pessoas já passaram por lá. Por dia tem uma média de 25 a 40 pessoas que passam por lá”, relembrou.

Questionado sobre os dias mais marcantes em sua opinião, ele pontua que o dia 19 de novembro, quando se celebra o Dia da Bandeira, foi um dos que mais o emocionaram. “No dia 2 e dia 15 novembro foram os dias que tivemos várias pessoas participando simultaneamente. Porém o Dia da Bandeira foi especial para algumas pessoas, principalmente esse dia foi muito especial, no meu ponto de vista”, relembrou.

Sobre o que esperar para o mês de dezembro, o participante frisa que a luta continuará. “Podemos esperar pela manutenção da manifestação e aguardar o pronunciamento das Forças Armadas”, destacou. Vale lembrar que está prevista para iniciar ainda hoje (1º) uma paralisação nacional até o dia 10 de dezembro em todo o país. Para somar esforços em Campo Grande, manifestantes de outras cidades do Estado, tais como Coxim, Maracaju, Dourados, Ladário, Miranda e Chapadão do Sul podem vir para a Capital.

A intenção era de que até ontem (30) as eleições fossem anuladas e que fosse feita a dissolução do STF (Supremo Tribunal Federal), novas eleições em urnas auditáveis, fim da censura ditatorial e que Lula seja inelegível. Segundo um manifestante que não se identificou, a ordem é parar o Brasil, realizando ações em vários pontos, não somente nas rodovias. Com isso, a paralisação pode atingir alguns serviços essenciais como o abastecimento dos postos de gasolina, tendo em vista que os caminhoneiros confirmaram adesão ao ato.

Por Camila Farias e Michelly Perez – Jornal O Estado de MS.

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