Com 14 ambulâncias, Capital tem uma para 65 mil habitantes

Foto: Rafaela Alves/Jornal O Estado MS
Foto: Rafaela Alves/Jornal O Estado MS

Com número insuficiente, Samu e Bombeiros demoram até 2h para atender à população

Nos dias em que a seleção brasileira entra em campo pela Copa do Mundo no Catar, os serviços de urgência e emergência em Campo Grande têm registrado um aumento nas ocorrências. Ontem (28), diversos acidentes foram registrados, entre eles uma idosa que caiu na Avenida Calógeras, na Capital, demorou cerca de 2 horas para ser atendida por uma equipe do Samu.

Atualmente o Samu conta com 14 ambulâncias para atender toda a população campo-grandense, que está estimada em 916.001 habitantes, conforme o censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2021. Ou seja, 1 ambulância para cada 65 mil habitantes.

Nossa equipe entrou em contato com o Samu pelo 192 e o Corpo de Bombeiros Militar pelo 193, para saber o tempo médio de demora por atendimento, e fomos informados de que não haveria uma média, mas que ambos estavam sobrecarregados.

“Na manhã dessa segunda- -feira todas as viaturas estavam atendendo ocorrências graves, havendo apenas um veículo de socorro disponível no Samu para atender aos atendimentos com menor potencial emergencial, o que resultou em uma demora superior ao esperado”, informou a assessoria de imprensa da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde).

Por sua vez, a secretaria informou que este já era um cenário esperado e que nas unidades 24 horas da Capital houve uma redução drástica dos atendimentos nos horários de jogo, sendo observada, em seguida, uma superlotação das unidades.

“Essa superlotação, conforme observada, se dá pelo fato de que os pacientes que iriam buscar atendimento em horário de jogo permanecem em casa e vão todos, ao mesmo tempo, até as unidades, contudo não há um aumento por causa específica ou relacionada aos jogos, a não ser a espera pelo resultado para ir até a unidade de saúde. O mesmo se observa nas ocorrências atendidas pelo Samu. Nos demais serviços não se observa nenhuma alteração, uma vez que funcionam normalmente nos dias de jogos, inclusive no horário da partida”, alegou a Sesau.

Já a Santa Casa de Campo Grande disse que não seria possível quantificar o aumento na demanda uma vez que o sistema do hospital passa por atualização e os dados do dia vigente só são contabilizados no dia seguinte.

MS é o sétimo no ranking nacional de distribuição de veículos 

Mato Grosso do Sul é o sétimo estado brasileiro no ranking nacional de distribuição de ambulâncias, com 33 novos veículos recebidos em 2021, conforme o FNS (Fundo Nacional de Saúde). Os modelos recebidos variam de furgões a picapes, e custam entre R$ 209 mil e R$ 249 mil.

De acordo com informações divulgadas pela SES (Secretaria de Estado de Saúde), Mato Grosso do Sul concretizou, no ano passado, a distribuição do pacote de 13 veículos que foram adquiridos, equipados e adaptados com recursos do Fundo Especial de Saúde, no valor total de R$ 5 milhões. Foram contemplados os municípios de: Bodoquena, Dourados, Itaporã, Japorã, Caarapó, Coxim, Eldorado, Mundo Novo, Porto Murtinho, Sete Quedas, Ribas do Rio Pardo, Naviraí e Rio Verde de Mato Grosso.

Além disso, em Campo Grande, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) explicou que o último recebimento de ambulância ocorreu em 2019. Atualmente, a Capital conta com 15 ambulâncias, sendo que 13 haviam sido adquiridas entre 2017 e 2019 com recursos do município e do Ministério da Saúde. “Cada município possui um número máximo de viaturas habilitadas. Ocorre a reposição, a troca de frota e não acumula viaturas. O município tem 15 viaturas, mas não foram todas com recursos somente do Ministério da Saúde”, informaram em nota.

Por Suelen Morales e Rafaela Alves – Jornal O Estado de MS.

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