Cinco meses após anúncio do 1º Hospital Municipal, Prefeitura contrata consultoria por R$ 212,5 mil

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Promessa do hospital tem o objetivo de ampliar o atendimento e reduzir filas de espera. Foto: Marcos Maluf

Vereadores prometem cobrar respostas sobre a nova contratação e alegam que foi feita de forma ilegal 

A prefeitura de Campo Grande publicou na edição de ontem (27), do DIOGRANDE (Diário Oficial de Campo Grande), a contratação da empresa HB Treinamentos LTDA. para que realize uma consultoria completa, que deve indicar as necessidades de todas as etapas do projeto do primeiro hospital municipal, desde a sua construção, até os mobiliários adequados. Cabe lembrar, que a notícia sobre a entrega da primeira unidade da Capital foi divulgada em setembro de 2023 e desde então, o projeto é alvo de questionamentos.

Conforme a publicação, a contratação não seguiu o modelo de licitação, uma vez, que se trata de um estudo técnico. Além disso, a empresa apresentou os requisitos necessários. Com isso, deverá apresentar informações sobre a construção integral do complexo hospitalar, com equipamentos, mobiliários hospitalares e em geral e serviços de facilities.

Em nota, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informou que o contrato em questão trata-se de uma consultoria técnica especializada para a elaboração do projeto do complexo hospitalar municipal, não sendo ainda a contratação da empresa que irá realizar a construção da estrutura.

Como são diversos módulos e projetos a serem apresentados, o valor total do contrato em questão é de R$ 212,5 mil. Após a aprovação de todos os projetos, será dado início ao processo licitatório para a construção do complexo hospitalar.

No ano passado, o então secretário municipal de saúde, Sandro Benites confirmou que a localização do projeto seria anunciada até o final daquele mês, já que estavam escolhendo entre três opções de terrenos. No entanto, meses se passaram e o anúncio ainda não foi feito. Diante da falta de informações, a Câmara de vereadores criou uma Comissão para acompanhar o desenvolvimento do projeto.

Na tarde de ontem (27), a vereadora Luiza Ribeiro, se manifestou contrária a contratação de uma empresa para realizar o projeto do novo hospital Municipal. ” Ficamos sabendo através dos jornais que a empresa havia sido contratada sem correntes, sem apresentar licitações, essa é uma maneira ilegal”, disse.

A parlamentar ainda enfatizou que nenhum vereador da Comissão foi avisado sobre a contratação da empresa.

” Uma falta de respeito com nós vereadores”, pontuou.

Está prevista para esta quarta-feira (28), uma nova reunião entre os vereadores membros da Comissão em busca de explicações e na tentativa de barrar a contratação.

Cabe relembrar, que em setembro de 2023, a prefeita Adriane Lopes prometeu a construção do Complexo Hospitalar Municipal com capacidade para 250 leitos de internação, 10 salas de cirurgia, centro de diagnóstico por imagem e suporte de UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

O objetivo segundo ela é o de ampliar a oferta de serviços e absorver parte da demanda reprimida por exames de diagnóstico e cirurgia, tendo a capacidade de atender uma média de 1,5 mil pessoas. Todos os atendimentos serão regulados.

Na apresentação, a prefeita também citou que os estudos já estavam sendo executados há mais de um ano. “Há 1 ano e meio a nossa equipe técnica da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), tendo o suporte do Ministério da Saúde, vem estudando a necessidade da criação desta unidade, diante do aumento na demanda, sobretudo de procedimentos eletivos e exames, impulsionada pela pandemia de Covid-19. Com esta nova unidade em funcionamento, iremos dobrar a nossa capacidade de atendimento e assegurar à população uma assistência mais célere e de melhor qualidade”, comenta.

Questionada sobre o modelo de gestão, ela explicou que a implementação se dará por meio de uma PPP (Parceria-Público-Privada) e o investimento previsto é de R$ 200 milhões. Outro questionamento realizado foi a possibilidade da Rede D’or administrar a unidade. Contudo, a Sesau, informou que o boato era falso.

Por Michelly Perez e Thays Schneider.

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