Iniciada oficialmente nesta segunda-feira (3), a “Semana Santa” chega já movimentando o mercado do peixe, em Campo Grande. Tradicional, a popular Sexta-Feira Santa é marcada pelas reuniões de família, tendo como prato principal o peixe. Na Capital, a procura pelo pescado registrou aumento de cerca de 10% e peixarias chegam a estimar elevação de 15% no movimento, comparado ao ano anterior.
Proprietário da Peixaria MS, localizada há mais de 30 anos no trevo Imbirussu, em Campo Grande, Luiz Carlos, 53 anos, relata que o movimento no local já aumentou consideravelmente neste início de semana, porém tem percebido o cliente mais prudente, antes de efetuar a compra.
“Muitos estão fazendo pesquisa de preço, comparando valores entre as espécies. O pessoal tá procurando coisa mais barata, mesmo”, revela o comerciante, ressaltando que, mesmo assim, acredita que em 2023 as vendas serão ainda melhores do que no ano anterior, período que, segundo ele, foi um dos melhores.
“Mesmo mais controlados, comer bem e estar com a família são coisas que as pessoas não abrem mão. Esse ano, com certeza, devemos contar com um aumento de pelo menos 15%, comparado a 2022”, complementa Luiz.
Na peixaria Matias, situada na rua Trindade, Vila Progresso, o gerente Nailton José Santos conta que muitos consumidores já estão adiantado as compras. “O movimento cresceu uns 10% nos últimos dias, mas o fluxo, mesmo, normalmente se dá na quarta e quinta-feira.”
O gerente destaca que a expectativa é vender todo o estoque que já está montado. “É comum que, às vezes, até falte entre os mais pedidos, como pacu e tilápia. Na sexta-feira já aconteceu de acabar. Então, a expectativa é registrar um aumento nas venda e por isso, nesse ano, aumentamos o estoque, em média em 15%”, detalhou.
Preços
A reportagem esteve em cinco peixarias de regiões diferentes da Capital, onde foram levantados os valores dos peixes mais consumidos na Semana Santa. Conforme o volume de venda dos comércios especializados, são eles: pacu, tilápia, e pintado.
O pacu inteiro com espinhas é vendido a R$ 24,99 na Peixaria MS, no trevo Imbirussu. No local, a costelinha de pacu com espinho sai a R$ 29,90 e o sem espinho, R$ 39,90, enquanto o filé de tilápia é vendido a R$ 45 o quilo. Já o pintado pode ser encontrado de duas formas, em postas, a R$ 48,80 e em filé, a R$ 75.
Na peixaria do Beto, localizada na rua Spipe Calarge, o pacu inteiro (com espinha) é vendido a R$ 24 o quilo, ao passo que o sem espinhos sai por R$ 29,90. A costelinha de pacu está (com espinha) R$ 29,90 e (sem espinha) R$ 39,90. O pintado em filé, R$ 55 e em posta, R$ 49,90. A tilápia tem o quilo comercializado a R$ 43,90.
Na peixaria Matias (rua Trindade, Vila Progresso), as embalagens são vendidas porcionadas a cada 800 gramas, sendo assim, a costelinha de pacu está (com espinha) R$ 23 e (sem espinha) R$ 38. O pintado, em filé R$ 43 e em posta, R$ 33. A tilápia sai a R$ 38, cada 800 g. Na peixaria Rio Sul , localizada na rua Rui Barbosa, o pacu inteiro (com espinha) é vendido a R$ 22,90 o quilo, enquanto o sem espinha sai por R$ 32,90. A costelinha de pacu está (com espinha) R$ 27,90 e (sem espinha) R$ 39,90. O pintado em filé, R$ 55 e em posta, R$ 41,90. A tilápia tem o quilo comercializado a R$ 47,90.
A peixaria do Mercadão pratica os seguintes valores: o pacu inteiro (com espinha) R$ 24,90 o quilo, enquanto sem espinha sai por R$ 31,40. A costelinha de pacu está (com espinha) R$ 32,90, e sem espinha sai por R$ 43,90. O pintado em filé, R$ 55 e em posta, R$ 41,90. A tilápia tem o quilo comercializado a R$ 49,90.
População aposta em evitar filas e garantir a peixada em família
Preocupado em garantir os melhores preços e produtos de qualidade, o campo-grandense não está deixando a compra do peixe para última hora e está comparecendo aos comércios especializados na venda do pescado. Na peixaria do Mercadão, uma das mais populares da cidade, o fluxo de clientes era intenso, na tarde da segunda-feira (3).
Entre os consumidores, uma dupla escolhia calmamente os produtos. Neta e avó, Juliane Dantas, 41, bióloga, acompanhava Nide Dantas, 70, na tarefa que realizam todos os anos, quando a Sexta- -Feira Santa se aproxima. “A gente vem uns três quatro dias antes, que é para não enfrentar muita fila e pegar um peixe ainda fresco”, detalha dona Nide.
Juliane explica que não costuma fazer a pesquisa de preços, pois já compra há muito tempo no local e confiam na procedência e qualidade dos produtos. “Com a correria, a gente acaba optando por vir uns dias antes, para não correr o risco de ficar sem e garantir a peixada em família, na sexta-feira.”
Aposentada, de 66 anos, Edith Leite garantiu o pescado para a confraternização, que será em sua casa. “Sempre venho no começo da semana e faço a compra. Esse ano, escolhi tilápia para fazer empanada e pintado para fazer ensopado”, revela.
Sobre os preços, ela conta que não percebeu muitas mudanças, mas que sempre costuma dar uma olhadinha nos valores antes de efetivar a compra. “Eu separo um valor para gastar e tento me manter dentro daquele orçamento”, conclui.
Por Tamires Santana – Jornal O Estado de Mato Grosso do Sul
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