Mesmo com dia nublado e frio, nesta quarta-feira (02) de Finados, campo-grandenses se organizam para visitar e prestar homenagens aos entes queridos que partiram. A previsão é de que até o fim do dia, 25 mil pessoas irão comparecer aos três cemitérios municipais – Santo Amaro, Santo Antôno e Cruzeiro.
Segundo Marcelo Fonseca, responsável pela administração dos três cemitérios públicos de Campo Grande, aponta que a previsão é de receber cerca 25 mil pessoas. “Provavelmente, o movimento maior será no almoço, especialmente em função do tempo frio. Se bem que estou achando até movimento, por estar frio. Achei que teria menos gente’, comenta.
Ele também aponta que há uma tendência de diminuição nas visitas, já que o público atual é composto por pessoas idosas. “Normalmente, quem faz essas visitas, no dia de finados, são as pessoas de mais idade. Mas elas vem mais tarde. A tendência é que cada vez mais diminua o número de pessoas que visitam cemitérios. Os jovem não tem esse hábito. Não significa que não exista, mas a maioria é composta por pessoas de mais idade”.
Sobre a ornamentação e homenagens feitas aos falecidos, Fonseca orienta que os familiares evitem vasos ou objetos que acumulem água, devido a proliferação do mosquito da dengue nesta época do ano. “Uma coisa que a gente tá orientando muito é que as pessoas evitem trazer vasos, porque estamos na época da Dengue. Se puder substituir por outra ornamentação, de preferência que não acumulem água”, orienta.
Tradição familiar
Mesmo com a diminuição de visitas aos cemitérios nos dias de Finados, em algumas famílias essa homenagem é uma tradição familiar. Esse é o caso da Família Brites, que se reúne todo ano no cemitério Santo Amaro, desde o falecimento da matriarca da família. “Esse túmulo é da nossa vó. Todo ano a gente se reúne para fazer essa homenagem. Tem os bisnetos, os netos, todos juntos”, comenta Jennifer Brites, uma das netas.
De acordo com a neta Caroline Brites, a matriarca passou esse costume, que é mantido por eles até hoje. “Quem começou com essa tradição foi a nossa vó, que trazia gente. Aqui estava a mãe dela. Aí quando ela faleceu em 2010, a gente começou a se reunir. A gente é do bairro Vila Popular e a gente vinha a pé mesmo”, explica.
Segundo os integrantes da Família Brites, a reunião com direito a lanche é parte de uma tradição paraguaia. “A gente traz o café da manhã, do jeito que ela fazia. É uma tradição paraguaia. Tem chá e pão francês, a gente se reúne para comer junto. Ainda vai chegar mais gente, pelo menos umas 10 pessoas”.
Comércio
Essa data também movimenta o dia de diversos comerciantes de Campo Grande. Desde o último sábado (29), o comerciante Cristóvão Ramon Gonçalves tem uma barraca montada na frente do cemitério Santo Antônio.
Ele comentou que até o momento, as vendas estão um pouco lentas devido ao frio, mas a expectativa de um bom número de vendas é mantida. “A gente vendeu um pouco menos nessa manhã, acho que o frio espantou um pouco o povo. Ano passado a gente vendeu mais. 1h da tarde a gente foi embora, porque já tinha vendido tudo. Mas a gente espera vender tudo. Desde sábado estamos vendendo, temos até domingo”.
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