O Natal de 2024 chega com um peso maior no bolso dos brasileiros. Segundo uma pesquisa da Rico, os preços de seis itens que compõem a ceia natalina tradicional aumentaram 41,5% nos últimos quatro anos. O destaque vai para as frutas, que registraram alta de 94,25% no período, impactadas por condições climáticas adversas, aumento no custo de insumos e logística.
Eventos climáticos extremos contribuíram para a elevação dos preços. As enchentes no Rio Grande do Sul, em abril e maio deste ano, prejudicaram o escoamento de produtos, enquanto o calor e a seca em setembro pressionaram ainda mais os custos. Em novembro, o Índice de Preços da Ceagesp subiu 3,25%, impulsionado principalmente pelas verduras (+25,56%) e frutas (+5,26%).
Entre os outros itens da ceia, queijo e leite condensado também apresentaram altas expressivas, com aumentos de 53,42% e 51,95%, respectivamente. Por outro lado, o filé mignon foi o item que menos subiu no período, com avanço de apenas 5,98%, graças à maior oferta de proteínas em 2022 e 2023, segundo a Rico.
Custos de presentes também subiram. Além da ceia, os gastos com a cesta de Natal – que inclui alimentos, presentes e transporte – subiram 46,55% entre 2020 e 2024. O levantamento apontou aumentos expressivos em itens como flores (+58,31%), perfumes (+37,11%), roupas (+33,5%) e brinquedos (+17,02%).
O transporte também encareceu as festividades. As passagens aéreas subiram 31,82%, enquanto as corridas de aplicativos tiveram um aumento de 19,86%. Segundo o estudo, fatores como a desvalorização do real, alta do combustível e custos de manutenção influenciaram os reajustes.
“Se em 2020 uma pessoa gastava R$ 1.000 com despesas natalinas, hoje esse valor seria de R$ 1.465,50, em média”, destaca o levantamento.
Por Djeneffer Cordoba
Confira as redes sociais do O Estado Online no Facebook e Instagram
Leia mais
Às vésperas do Natal, preços de ovos e frango variam até 92% nos mercados da Capital